Política e Administração Pública

Lira afirma que Congresso continuará liberal e reformista

O presidente da Câmara também criticou os institutos de pesquisa, que, segundo ele, erraram bem acima da margem de erro

03/10/2022 - 15:28  

Acervo Câmara dos Deputados
Arthur Lira concede entrevista
Lira: pesquisas não devem ser usadas para conduzir o eleitorado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez uma análise das eleições deste domingo (2) e afirmou que o Congresso Nacional continuará liberal e reformista para discutir os temas que importam ao País.

Segundo ele, ainda neste ano, a Câmara poderá discutir em Plenário a reforma administrativa e dar andamento à reforma tributária. Lira destacou ainda o crescimento dos partidos de centro para a próxima legislatura. As afirmações foram feitas em entrevista à GloboNews no início da tarde desta segunda-feira (3).

Arthur Lira também criticou os institutos de pesquisa, que, segundo ele, erraram bastante com diferenças, bem acima da margem de erro, entre o resultado final da eleição e os projetados na véspera do pleito. De acordo com ele, é preciso ajustar a conduta dos institutos para as próximas eleições. Há deputados, inclusive, propondo uma CPI para investigar as pesquisas eleitorais no País. “As empresas de pesquisa não devem ser usadas para conduzir o eleitorado, por isso temos de votar propostas que responsabilizem esses institutos”, disse Lira.

“Neste ano, ainda dá para debater a reforma administrativa. A partir da próxima semana, a gente pode voltar ao andamento da tributária e instalação de CPIs, mas o que temos de discutir é uma boa regulamentação de empresas de pesquisa e de sua divulgação, para não ter disparidade e, depois, todo mundo ficar se explicando”, declarou o presidente.

Emendas de relator
Na entrevista, Lira foi questionado se a baixa renovação da Câmara teria a ver com as emendas de relator. Lira afirmou que o orçamento é municipalista e atende às demandas da população. E disse ainda ser errada essa visão de que o Orçamento pertence ao Executivo. Segundo ele, não dá para creditar derrotas e vitórias ao Orçamento, porque se trata de um instrumento democrático e legítimo.

“Vou falar muito de Orçamento, discutir de quem é a atribuição: você quer Orçamento feito pelo relator, distribuindo pelos senadores e deputados ou a volta do mensalão ou aquela humilhação que o parlamentar leva um chá de cadeira de cinco horas de um ministro para pedir recurso?”, questionou Lira.

“Estamos avançando com relação à transparência. Essa crucificação do Orçamento, como ocorreu no primeiro turno, tenho certeza de que esse assunto será aclarado para a população”, afirmou.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

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