Meio ambiente e energia

Relator de projeto que amplia mercado livre de energia elétrica divulga mudança em parecer

Novo texto exclui artigo que abria possibilidade de financiamento e incentivos fiscais para produção de energia elétrica a partir de resíduos sólidos

18/11/2021 - 09:53  

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Seminário Mineração, Transição Energética e Clima. Dep. Edio LopesPL - RR
Edio Lopes: "A exclusão do dispositivo foi negociada"

O relator do projeto que prevê a abertura total do mercado livre de energia (PL 1917/15 e apensados ), deputado Edio Lopes (PL-RR), apresentou nesta quarta-feira (17) uma complementação de voto ao parecer divulgado em outubro.

A novidade é a retirada do artigo que abria a possibilidade de linhas de financiamento e incentivos fiscais para empresas dedicadas à produção de energia elétrica a partir de resíduos sólidos. Segundo Lopes, a exclusão do dispositivo foi negociada com os integrantes da comissão especial.

O projeto, conhecido como PL da portabilidade da conta de luz, vem sendo discutido em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada Jaqueline Cassol (PP-RO). O colegiado deve se reunir na próxima quarta (24) para votar o parecer do relator.

Mantidos
Os demais pontos do parecer divulgado anteriormente foram mantidos. Entre eles, a abertura do mercado livre para todos os consumidores brasileiros, sem distinção por classe de consumo (baixa ou alta tensão), 72 meses após a transformação da proposta em lei.

A negociação entre os consumidores e os produtores de energia será intermediada por agentes de comercialização.

A expectativa dos defensores da proposta é que a nova forma de comercialização aumente o nível de competição na oferta de energia elétrica, contribuindo para a redução do preço final pago pelos consumidores.

O parecer de Lopes prevê ainda outras medidas, como a separação entre lastro e energia, regras para prorrogação das concessões de usinas hidrelétricas, proibição de repasse ao consumidor do risco hidrológico e uma espécie de minicódigo para os autoprodutores (consumidores que recebem outorga para produzir energia por sua conta e risco).

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon

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