Agropecuária

Deputados e representantes do agronegócio defendem assistência técnica a pequenos produtores

Pacto pelo fortalecimento da extensão rural pretende ampliar de 200 mil, neste ano, para 2 milhões, até 2023, o número de agricultores assistidos

04/12/2020 - 20:13  

Participantes de audiência virtual defenderam na quarta-feira (2) o fortalecimento das ações de assistência técnica aos produtores rurais no Brasil. O debate foi promovido pela Frente Parlamentar da Assistência Técnica e Extensão Rural.

Os programas de assistência técnica e extensão rural (Ater) são desenvolvidos pelo Ministério Agricultura e voltados principalmente para o pequeno agricultor. Esse auxílio pode ser prestado de diversas formas, como orientação sobre plantio, cuidado com a pecuária e apresentação de novas tecnologias.

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
Pacto para o Fortalecimento da ATER. Dep. Zé Silva(SOLIDARIEDADE - MG)
Zé Silva: é preciso garantir recursos aos programas de Ater

O presidente da frente, deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), destacou a importância do pacto pelo fortalecimento da extensão rural assinado em novembro do ano passado e que representa o compromisso das entidades representativas do setor.

Segundo o parlamentar, é preciso garantir recursos para que os programas de assistência continuem beneficiando os agricultores mais necessitados. Atualmente, são atendidos 200 mil produtores rurais em todo o País; pelo pacto, esse número deve ser ampliado para 2 milhões até 2023.

“Queremos fazer uma aliança entre estados, governo federal, Sistema S, cooperativas”, apontou.

Ater digital
A ministra da agricultura, Tereza Cristina, destacou que, por causa da pandemia de Covid 19, em alguns estados as empresas de assistência técnica e extensão rural não estão conseguindo utilizar os recursos disponibilizados pelo governo. Para tentar solucionar o problema, foi criado criado o programa Ater digital.

“Essa iniciativa vai promover a ampla utilização de tecnologia da informação para os pequenos produtores. O objetivo é impulsionar a assistência técnica e ampliar o acesso dos agricultores a serviços mais ágeis e eficientes”, explicou.

Diretrizes
A coordenadora da Federação dos Trabalhadores da Extensão Rural, Lúcia Morais, afirmou que é necessário definir diretrizes de funcionamento da Ater como serviço essencial, garantindo assim verbas para a manutenção da extensão rural pública. “A gente sente falta de um fundo de recursos para a Ater pública”.

Já o representante Confederação dos Trabalhadores na Agricultura, Aristides Veras, lembrou que sem recursos não há como realizar um trabalho eficiente. Ele lembrou que a cada ano o orçamento para assistência técnica diminui, prejudicando principalmente os produtores da agricultura familiar.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Marcelo Oliveira

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