Política e Administração Pública

Deputados avaliam os resultados das eleições municipais deste ano

PMDB vai comandar praticamente uma em cada cinco prefeituras de todo o País em 2017; PSDB amplia número de eleitos em 16%; e PT tem queda de 59% no desempenho

03/10/2016 - 18:49  

TV CÂMARA
DEP HILDO ROCHA
Hildo Rocha, do PMDB

Deputados afirmaram nesta segunda-feira (3) que os resultados das eleições municipais devem repercutir no próximo pleito nacional, em 2018, mas ainda é necessário assimilar melhor as motivações dos eleitores.

O PMDB permanecerá com o comando do maior número de prefeituras – serão 1.028, o equivalente a 18% das 5.568 existentes em todo o País –, mas perdeu em cidades importantes, como São Paulo e, principalmente, Rio de Janeiro, onde a legenda ocupa os governos municipal e estadual.

Na capital paulista, João Doria (PSDB) ganhou já no primeiro turno, e os cariocas decidirão a disputa em segundo turno entre os candidatos do PRB, Marcelo Crivella, e do Psol, Marcelo Freixo.

Para o deputado Hildo Rocha (MA), vice-líder do partido na Câmara, o PMDB manteve a tradição municipalista. Segundo ele, o grande vitorioso das eleições municipais foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Dep. Antonio Imbassahy (PSDB-BA)
Antonio Imbassahy, do PSDB

“Ele elegeu diversos prefeitos, principalmente na Grande São Paulo”, disse. “Sai muito fortalecido para 2018. Deve ser um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência ou talvez até siga para outra legenda”, afirmou Rocha.

Cautela
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que o partido sai das eleições com um crescimento de quase 16% no total de prefeitos eleitos, mas foi cauteloso. “O clima é de muito entusiasmo, mas agora não vai se tratar de 2018. Acho que isso é um desserviço com a população.”

AFONSO FLORENCE
Afonso Florence, do PT

Tanto Rocha quanto Imbassahy mencionaram ainda a redução da presença do PT nas prefeituras, com uma queda de quase 60% no total de prefeitos eleitos pela legenda.

O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), disse que o partido “sobreviveu” e mantém posição melhor que a que tinha antes de 2002, quando conquistou a Presidência da República. Para ele, o momento é de buscar alianças com outros partidos de esquerda como estratégia para o futuro.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Ralph Machado

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.