Meio ambiente e energia

Líder do PV defende urgência para votação do Acordo Internacional do Clima

06/06/2016 - 14:57  

EVANDRO GUSSI
Evandro Gussi: em conversas com líderes, senti que não haverá grandes dificuldades para a ratificação do Acordo do Clima pela Câmara dos Deputados

O líder do PV na Câmara, deputado Evandro Gussi (SP), defendeu urgência para a votação de proposta que confirma o Acordo do Clima. Evandro Gussi apresentou requerimento para que a ratificação (235/16) seja votada diretamente pelo Plenário da Câmara, sem necessidade de passar pelas comissões.

"Protocolei requerimento para que este processo de ratificação aconteça em regime de urgência, porque inicialmente vai passar pela Comissão de Relações Exteriores, depois de Meio Ambiente, e de Constituição e Justiça”, observou. “Nossa ideia é que ele possa, em regime de urgência, vir para o Plenário, para que nós tenhamos esta ratificação o mais rápido possível."

Assinado por mais de 175 países, o Acordo do Clima é resultado da COP 21, Conferência da ONU realizada em Paris, no fim do ano passado. O documento traz uma série de compromissos assumidos pelos países, como a redução de emissões de gases de efeito estufa; esforço de adaptação às consequências das mudanças climáticas; e indicação de fontes de financiamento para a transição para economias de baixo carbono.

Sem dificuldades
O líder do PV acredita que não deve haver dificuldade para a ratificação do acordo pela Câmara: "O que senti, nas primeiras conversas com os líderes, é que não há grandes dificuldades para que isso venha a acontecer, uma vez que não gera nenhum tipo de impacto econômico, não traz nenhum problema para produção, mas seria um gesto de protagonismo para o Brasil. O Brasil já tem um protagonismo muito grande na sustentabilidade, na produção de energia sustentável e confirmaria esse protagonismo ratificando o mais rápido possível o Acordo de Paris".

O pedido de urgência para votação da mensagem que ratifica o Acordo de Paris precisa ainda ser aprovado pelo Plenário. Uma vez confirmado pelos deputados, o documento também tem que passar pelo aval dos senadores. O Acordo do Clima passa a valer em nível mundial quando, pelo menos, 55 países confirmarem internamente seu teor.

Revisões de metas
Apesar das metas acordadas, o Acordo de Paris ainda não é suficiente para barrar o aumento da temperatura do planeta acima de 2ºC até o fim do século, comparado ao período pré-industrial.

Para isso, o documento prevê revisões de metas, num esforço mundial para que a temperatura não ultrapasse 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais – cálculo feito por diferentes cientistas do mundo para evitar mudanças dramáticas no clima da terra.

Reportagem – Ana Raquel Macedo
Edição – Newton Araújo

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