PRB critica defesa de Cardozo e diz que impeachment é vontade do eleitorado
11/04/2016 - 17:17

O líder do PRB, deputado Márcio Marinho (BA), criticou, há pouco, a defesa da presidente Dilma Rousseff feita pelo advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo. Marinho discordou da tese apresentada por Cardozo segundo a qual o “impeachment nunca será perdoado pela história democrática do povo brasileiro”.
Para Marinho, a retórica que acusa de golpe a abertura de um processo de impedimento da presidente não se sustenta. “O ministro disse que seria golpe tocar um processo sem seguir provas legais. Ora, se aqui se age seguindo dispositivos constitucionais, falar a palavra golpe soa leviano.
"Não existe golpe quando o estado tem meios reconhecidos para comprovar o atual conjunto dos fatos”, disse Marinho, citando que o País conta com instituições constituídas e garantias de que o processo não segue a vontade de uma só pessoa ou ideologia.
O líder do PRB destacou que os congressistas devem decidir no voto se as chamadas pedaladas fiscais e os decretos que abriram créditos suplementares encontram base na lei. “Ao final desse processo, poderemos dizer se o termo ‘pedalada fiscal’ poderá entrar no dicionário politico. Se votarmos contra a admissibilidade, as pedaladas terão significado piada de mau gosto. Se decidirmos pelo sim, por outro lado, servirá de ensinamento para a gestão política”, afirmou.
Vice-líder do PRB, o deputado Marcelo Squassoni (SP) disse que, neste momento, o voto a favor do impeachment não reflete apenas sua vontade, mas a de todos os eleitores a quem ele representa. Squassoni citou o aumento do desemprego, a redução de recursos para programas sociais - como os da área de educação - e o aumento da inflação para defender a vontade da parcela da população que quer a saída da presidente Dilma Rousseff.
“A Usiminas tem mandando embora mais de três mil funcionários. Os fechamentos de postos de trabalho são perdas irreparáveis para nossa população”, exemplificou o deputado. “São Paulo não tem ignorantes políticos. Politico ignorante é o que vota sem ouvir seu povo. O povo da Baixada Santista quer que eu vote sim pelo relatório”, afirmou.
O deputado disse ainda que na próxima segunda-feira (18), após a votação do impeachment no Plenário da Câmara dos Deputados, o Brasil precisa ter equilíbrio e serenidade para recuperar os empregos e retomar o crescimento econômico.
A comissão segue reunida no plenário 1.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição - Luciana Cesar