CPMI da Petrobras ainda não conseguiu quórum para leitura do relatório

10/12/2014 - 15:09   •   Atualizado em 10/12/2014 - 15:15

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras ainda não conseguiu o quórum necessário de 11 parlamentares para poder começar a leitura do relatório final do deputado Marco Maia (PT-RS). Por enquanto, apenas 10 parlamentares assinaram a lista de presença da reunião que estava prevista para começar às 14h30.

“A CPMI não acaba porque tudo foi investigado, mas porque não podemos mais seguir, por uma questão constitucional”, disse Marco Maia.

Maia, que falou a jornalistas antes do início da reunião, justificou a dificuldade de a comissão investigar por quatro pontos. O primeiro foi ela acontecer em paralelo com a investigação da Polícia Federal e da Justiça Federal a partir da Operação Lava Jato; o segundo foi o ano eleitoral; o terceiro, o processo de delação premiada e a dificuldade da comissão ter acesso aos depoimentos sob sigilo; e o último foi o final da legislatura que forçou o fim da comissão.

Diretoria
O relator se esquivou sobre a necessidade de a atual diretoria da Petrobras ser afastada. “É uma decisão que deve ser tomada pela presidente da República”, afirmou.

Nesta terça-feira (9), o procurador Geral da República, Rodrigo Janot, sugeriu a demissão da diretoria da Petrobras durante celebração do Dia Internacional contra a Corrupção. Janot classificou a gestão da estatal como um “cenário desastroso".

"Diante de um cenário tão desastroso na gestão da companhia [Petrobras], o que a sociedade brasileira espera é a mais completa e profunda apuração dos ilícitos perpetrados, com a punição de todos, todos os envolvidos. [...] Esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição de sua diretoria”, disse Janot, no evento organizado pela Procuradoria Geral da República.

O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o vice-presidente, senador Gim (PTB-DF), ainda não chegaram à sala da CPMI.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo