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Debatedores divergem sobre exame nacional para professores

24/10/2013 - 11:09   •   Atualizado em 29/10/2013 - 18:50

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Audiência pública para tratar de temas relacionados ao PL nº 6.114/2009, do Senado Federal, que institui o Exame Nacional de Avaliação do Magistério da Educação Básica (ENAMEB)
Projeto que cria o exame é tema de audiência promovida pela Comissão de Educação.

O secretário de Educação de Florianópolis, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, defendeu há pouco a criação de um exame nacional de avaliação dos professores da educação básica. Segundo ele, a medida deve ser feita em conjunto com outras formas de avaliação do sistema de ensino, mas “vai favorecer a melhoria da qualidade da educação no País”.

Ele afirmou, porém, que o projeto só deveria ser votado após aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), já aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente em análise no Senado.

“A partir do PNE, deverão ser aprofundados os estudos e medidas para a avaliação institucional da educação, incluindo o professor”, disse o secretário de Educação de Florianópolis.

O exame está previsto no Projeto de Lei 6114/09, em análise na Comissão de Educação, que é tema de audiência pública que ocorre neste momento no Plenário 6 da Câmara dos Deputados.

Sem consenso
O tema, no entanto, não é consenso entre os convidados do debate. Para a secretária de Educação de Mato Grosso, Rosa Neide Sandes de Almeida, a medida pode prejudicar a relação entre professores e alunos em sala de aula. “Se alguns professores fizerem a prova e receberem uma certificação, por exemplo, como ficarão aqueles docentes que não obtiverem essa certificação? Eles continuarão em sala de aula e sua autoridade ficará prejudicada”, ponderou.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, disse que os docentes não necessariamente se opõem ao exame nacional do magistério, mas que a prova deve ser acompanhada de outras medidas de avaliação do ensino. “Tem de avaliar não somente o professor, mas todo o sistema, como as condições de trabalho e o local de instalação da escola. Isso é necessário se quisermos avaliar claramente como está a educação oferecida à sociedade brasileira”, disse.

Continue acompanhando esta cobertura.

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Dourivan Lima

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