Política e Administração Pública

Votação do relatório final da LDO é adiada para próxima terça

CCJ do Senado aprovou hoje a PEC do Orçamento Impositivo, umas das exigências da Comissão de Orçamento para votar a LDO. Lobão Filho, porém, decidiu dar mais tempo aos parlamentares para estudar o parecer.

09/10/2013 - 15:52   •   Atualizado em 09/10/2013 - 20:30

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Presidente da CMO, sen. Lobão Filho (PMDB-MA)
Lobão Filho suspendeu pela sétima vez a reunião da CMO, sem a votação do texto final da LDO.

A votação do relatório final da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - PLN 2/13) para 2014 ficou para a próxima terça-feira (15), às 15 horas. Antes da votação, está prevista uma reunião dos líderes partidários da Comissão Mista de Orçamento (CMO), às 11 horas do mesmo dia, para discutir acordo e procedimento para votação.

“Devido à Ordem do Dia da Câmara e do Senado e dos parlamentares desejarem estudar o relatório da LDO, vamos transferir a votação, dando tempo aos parlamentares para se aprofundarem no parecer que será votado”, disse o presidente da comissão, senador Lobão Filho (PMDB-MA).

Esta foi a sétima suspensão da reunião da CMO, sem conseguir votar o texto do deputado Danilo Forte (PMDB-CE), em pauta desde 17 de setembro. O parecer final recebeu até agora 927 destaques.

Orçamento impositivo
No início da tarde de hoje, a Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento Impositivo (PEC 565/06 – PEC 22/00, no Senado) foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Essa era a condição dos integrantes da Comissão de Orçamento para votar a LDO.

A PEC torna obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas parlamentares ao Orçamento até o total de 1% da receita corrente líquida realizada no ano anterior. Esse percentual, de acordo com o valor estimado para 2014, chegaria a R$ 6,75 bilhões, cerca de R$ 11,36 milhões por parlamentar. A regra atualmente em vigor estipula um limite de R$ 15 milhões por parlamentar, mas esse índice não é obrigatoriamente cumprido pelo governo.

Emendas para saúde
O relator da proposta na comissão do Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), apresentou um substitutivo à PEC para incluir a destinação de 50% das emendas parlamentares de execução obrigatória a ações e serviços públicos de saúde. Esse percentual era uma demanda do governo. Quando a PEC foi aprovada na Câmara, houve um acordo de lideranças partidárias para tentar garantir pelo menos 40% dos recursos de emendas à saúde, exceto para pagamento de pessoal e encargos sociais.

Outro ponto acrescentado no substitutivo de Braga foi a vinculação de 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União para o financiamento do setor. Hoje, o investimento mínimo em saúde do governo federal, definido pela Lei Complementar 141/12, é calculado com base no valor empenhado na área no ano anterior, acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no período.

Saiba mais sobre o orçamento impositivo.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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