Asilo a senador boliviano repercute entre líderes dos partidos
27/08/2013 - 17:19
A entrada no País do senador boliviano Roger Pinto Molina, que chegou no último sábado depois de uma viagem sem autorização das autoridades brasileiras, repercutiu entre os líderes partidários. Eles não descartaram que as autoridades venham ao Congresso dar explicações sobre a operação, mas poderão aguardar o término das investigações.
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o Congresso precisa dar tempo para que o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, se manifeste sobre o episódio.
Já o líder do governo, Arlindo Chinaglia, disse que é preciso esperar a conclusão das investigações para chamar as autoridades. "Precisamos aguardar a conclusão do inquérito, senão os ministros irão responder às perguntas no escuro, porque ninguém sabia dessa operação", disse.
Chinaglia fez duras críticas ao encarregado de negócios da embaixada do Brasil na Bolívia, o diplomata Eduardo Saboia, que teria organizado a fuga do senador boliviano. "O secretário de negócios alegou que o senador estava com a saúde abalada física e psicologicamente, mas chama atenção que ele tenha viajado mais de mil quilômetros e até agora não se tem notícia de que tenha ido buscar qualquer tratamento", disse.
Já o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), defendeu o diplomata. "Temos de aplaudir a coragem do diplomata brasileiro que, sem resposta das autoridades bolivianas sobre o salvo-conduto, agiu para garantir o direito à vida do senador boliviano", disse.
Caiado afirmou que o governo deveria enaltecer o Itamaraty independente, em vez de punir os envolvidos na operação.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli