Segurança

Representante da indústria de armas quer revisão do Estatuto do Desarmamento

19/06/2012 - 18:42  

O representante da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (Aniam) Salésio Nuhs defendeu a revisão do Estatuto do Desarmamento. "Ele foi elaborado com a previsão de que o comércio de arma de fogo seria proibido em todo o País, mas isso não ocorreu. A lei tem que ser adequada a essa realidade", afirmou.

Ele destacou que cada cidadão ou categoria que adquire legalmente uma arma de fogo deixa todos os seus dados registrados. "Dificilmente essas pessoas vão cometer um ato ilícito com essa arma", disse.

Salésio Nuhs alertou para o fato de haver aproximadamente 7 milhões de armas de fogo com registros vencidos no País. "Em 2009, a indústria de armas fez parceria com a Polícia Federal para fazer o recadastramento de armas. Naquele ano, 7,7 milhões de armas foram registradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Em 2010, 8,9 milhões de armas foram registradas. Em 2012, pouco menos de 2 milhões. Ou seja, existem quase 7 milhões de armas na ilegalidade", declarou.

O representante da indústria de armas afirmou que o segmento gera 40 mil empregos em todo o País e exporta R$ 500 milhões em produtos.

"A indústria de armas também é essencial para a estratégia de defesa nacional. Oferece às Forças Armadas e às polícias tudo o que existe de mais moderno. Cada soldado que se põe defendendo a Amazônia, por exemplo, não faz isso sozinho. Ele tem arma e munição produzida pela indústria nacional de defesa", disse.

Nuhs participa de audiência da Comissão de Segurança Pública sobre cinco projetos que alteram o Estatuto do Desarmamento e autorizam o porte de armas para diversas categorias, como agentes de trânsito e advogados. O debate ocorre no Plenário 6.

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Reportagem - Renata Tôrres/Rádio Câmara
Edição - Daniella Cronemberger

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