Meio ambiente e energia

Brasil não pode admitir retrocessos na Rio+20, dizem parlamentares

04/06/2012 - 16:39  

Beto Oliveira
Comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente
Deputados e senadores comemoraram em sessão solene o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho).

Deputados e senadores afirmaram,  em sessão solene do Congresso realizada no dia 4 de junho, que o Brasil não pode admitir retrocessos nas discussões relativas ao meio ambiente e deve assumir uma posição de vanguarda na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrerá de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro.

Na avaliação dos parlamentares, de uma forma geral os países falharam no cumprimento das metas estabelecidas 20 anos atrás, durante a Eco 92, também realizada no Rio. Por isso, agora, governos e sociedade civil devem se engajar para garantir um futuro sustentável para o planeta.

A sessão solene foi realizada em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), por sugestão do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e do deputado Sarney Filho (PV-MA). Neste ano, o Brasil foi escolhido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) para sediar as celebrações globais da data, a uma semana do início da Rio+20. O tema em 2012 é “Economia Verde: ela te inclui?”

Engajamento da sociedade
Para o senador Fernando Collor (PTB-AL), essa nova economia deve substituir sistemas, como o socialismo ou o capitalismo, que falharam. “O atual modelo de desenvolvimento, baseado no uso intensivo de recursos naturais, está falido”, observou. “O paradigma que defendo dependerá de consciência global, com ativo engajamento da sociedade civil. Este novo modelo começa a ser construído a partir de cada um de nós, no consumo da água e da energia e na escolha do modelo de transporte.”

Rodrigo Rollemberg, por sua vez, defendeu a redução do uso da água na agricultura e a duplicação da utilização de energias renováveis na matriz energética mundial.

Já o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) observou que não se pode ignorar o papel do Brasil como produtor de alimentos e “um dos pouquíssimos países com excedente exportável”. Ele acredita que o País tem condições de elaborar uma legislação ambiental que efetivamente proteja a biodiversidade e as florestas brasileiras.

Para Mendes Thame, o governo deve ainda investir parte do dinheiro arrecadado com tributos no estímulo de “comportamentos desejáveis” por parte da população. Ele criticou, por outro lado, a tomada de medidas rápidas pelo governo para incentivar determinados setores da economia, como o automobilístico: “São medidas imediatistas baseadas no consumo. Não exigem contrapartidas ambientais da indústria. Esse tipo de estímulo precisa acabar.”

Já o deputado Luiz Couto (PT-PB) disse que o ser humano deve cuidar da natureza para não ser destruído juntamente com ela.

Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Newton Araújo

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