Meio ambiente e energia

Deputada pede políticas públicas sobre mulheres e catástrofes climáticas

24/05/2012 - 18:28  

A deputada Erika Kokay (PT-DF) defendeu nesta semana, em audiência da bancada feminina, a elaboração de políticas públicas para reduzir os impactos de catástrofes climáticas sobre as mulheres. Para as integrantes da bancada, as mulheres sofrem mais as consequências negativas de mudanças no clima.

Arquivo/ Renato Araújo
Erika Kokay
Erika Kokay: mulheres sofrem mais com os efeitos das mudanças climáticas.

Erika Kokay ressaltou que, no caso das plantações afetadas pela falta ou pelo excesso de chuva, os homens precisam migrar para outros locais em busca de sustento. Assim, as mulheres ficam cuidando dos filhos, da casa, da lavoura e do gado.

“Se são as mulheres as que mais têm responsabilidade com a comunidade e com as famílias, obviamente que as mulheres são as que mais sentirão [os efeitos das catástrofes climáticas]”, disse Erika Kokay.

Para a deputada, é preciso que as mulheres tenham mais acesso a informações sobre uma agricultura sustentável e sobre temas como planejamento familiar. “Devem-se construir os canais e as oportunidades para que elas sejam os principais agentes de superação da falta de sustentabilidade e de ataques ao meio ambiente."

De acordo com Erika Kokay, as mulheres são mais vulneráveis às mudanças climáticas, mas também são fundamentais para a solução do problema.

A representante da Articulação de Mulheres Brasileiras Joluzia Batista destacou que as consequências das mudanças climáticas já são sentidas de forma diferente pelas pessoas que vivem na cidade e pelas que vivem nas áreas rurais. De acordo com a feminista, o maior prejuízo acontece no campo.

“As mulheres indígenas, as mulheres pescadoras e as mulheres que vivem em área de grande concentração de recursos naturais já estão vivendo o ônus da desigualdade.”

Rio+20
A consequência das mudanças climáticas para as mulheres será um dos temas em debate na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorrerá em junho. A bancada feminina da Câmara antecipou essa discussão durante a audiência pública promovida na terça-feira (22).

Reportagem – Renata Tôrres/Rádio Câmara
Edição – Pierre Triboli

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