Economia

Presença chinesa se intensificou no final de 2009

17/06/2010 - 18:49  

A presença estatal chinesa no País despontou no final do ano passado, quando a mineradora MMX, controlada pelo empresário brasileiro Eike Batista, anunciou a venda de 21,52% do seu capital social ao grupo chinês Wuhan Iron and Steel Co. (Wisco).

Em março, a estatal East China Mineral Exploration and Development Bureau (ECE) anunciou a compra da mineradora Itaminas (MG), por 1,2 bilhão de dólares. Um mês depois, foi a vez da Votorantim Novos Negócios (VNN) vender para a chinesa Honbridge Holdings uma de suas empresas (Sul Americana de Metais), dona de uma mina de ferro em Minas Gerais.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, os chineses também têm interesses em minas de nióbio, que é misturado ao aço para a fabricação de dutos usados no setor petrolífero. O Brasil detém as maiores reservas mundiais desse mineral.

Energia e petróleo
O interesse chinês atinge outros setores estratégicos. Em maio, a empresa State Grid comprou sete concessionárias de transmissão de energia no Brasil por 3,1 bilhões de dólares.

Dias após essa compra, a também estatal Sinochem desembolsou 3,07 bilhões de dólares por 40% do campo de petróleo Peregrino, na bacia de Campos (RJ), pertencente à norueguesa Statoil. Os chineses já haviam emprestado 10 bilhões de dólares à Petrobras em 2009. A contrapartida da operação será o fornecimento de petróleo por dez anos à estatal China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec).

Reportagem - Janary Júnior
Edição – João Pitella Junior

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.