Cidades e transportes

ONG cobra definição de plano nacional sobre segurança no trânsito

02/12/2009 - 12:49  

O coordenador científico da Associação de Amigos, Parentes e Vítimas de Trânsito (Transitoamigo), Fernando Moreira, cobrou a definição de um plano nacional efetivo para a redução de acidentes de trânsito. Esse plano, segundo ele, deve ser coordenado pelo governo federal, com envolvimento do próprio presidente da República.

Moreira participa de audiência na Comissão de Viação e Transportes sobre o assunto e recomendou que cada órgão do setor desenvolva em conjunto suas ações. “Vimos aqui o Ministério da Saúde, o Denatran, a Polícia Rodoviária Federal e suas ações. Mas isso não pode ser levado de uma maneira voluntariosa por cada órgão. Há que se juntar os esforços sob uma coordenação única, central, para enfrentar esses desafios que são perenes. Precisamos de programas, não de campanhas carnaval ou de fim de ano”, disse.

Na opinião de Fernando Moreira, o Estado não tem cumprido seu papel na área de trânsito. Ele lembra que, apesar do aumento do orçamento do Denatran, os recursos do órgão ainda são contingenciados. “A vítima de trânsito não é uma vítima de segunda classe, mas é tratada como tal no Brasil”, disse Moreira.

O presidente do Instituto de Segurança no Trânsito (IST), David Duarte, também criticou a falta de articulação da administração pública, em todas as esferas, para combater os acidentes de trânsito no País. Outro problema, em sua opinião, é a fiscalização insuficiente. “O diagnóstico foi razoavelmente feito e sabemos o que fazer para reduzir a violência no trânsito, mas falta articulação e fiscalização. Em Brasília, a cada 10 mil pessoas que falam ao celular ao volante, apenas uma é flagrada”, exemplificou.

O debate ocorre no plenário 11.

Continue acompanhando a cobertura desta audiência.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Paulo Cesar Santos

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