03/01/2015
Zé Celso: tupy or not tupy
Para comemorar o ano novo, a TV Câmara abriu um excelente vinho, safra 1937: fomos conversar com José Celso Martinez Corrêa, ou simplesmente Zé Celso.
O resultado é o documentário Zé Celso: tupy or not tupy. A partir de depoimentos do próprio Zé, de trechos da peça Walmor Y Cacilda 64 – Robogolpe, que contém elementos autobiográficos, e também de ensaios e cenas de peças mais antigas de autoria dele, é possível conhecer um pouco mais sobre a vida do irreverente autor.
Dramaturgo, diretor, ator e músico, Zé Celso iniciou a carreira no teatro amador quando ainda era estudante, no final da década de 50. “Comeu” a obra de Oswald de Andrade e, antropófago, foi um dos pais da Tropicália.
Encarou a ditadura militar tanto pelo lado político, com textos revolucionários, quanto pelo lado dos costumes, com suas montagens dionisíacas. Preso, torturado e exilado, produziu documentários sobre as revoluções portuguesa e moçambicana. Trabalhou com grandes nomes das artes, como Augusto Boal, Chico Buarque, Sérgio Britto, Raul Cortez, Pascoal da Conceição, entre outros.
Contra a especulação imobiliária, lutou pela manutenção do Teatro Oficina no bairro do Bixiga, em São Paulo, e levantou o debate sobre ocupação urbana e a importância da Cultura nas cidades. Zé Celso é o diretor brasileiro mais longevo em atividade e já produziu cerca de 40 peças, como O Rei da Vela, Roda Viva, As Bacantes, Os Sertões e a série Cacilda!. Sempre inovando, provocando e seduzindo o público.
Ficha Técnica
Direção e Roteiro: André Uesato
Produção: Pedro Henrique Sassi e Carol Barboza
Imagens: Cícero Bezerra
Som Direto: Anderson Rosato
Videografismo: Pedro Mafra
Edição e Finalização: Felipe da Cunha
Sobre a série Memórias
Documentários que resgatam fatos marcantes do passado do Brasil por meio de personagens que foram protagonistas dos acontecimentos. Inicialmente centrado nas memórias políticas, o programa ganhou abrangência ao incorporar outras questões fundamentais para a compreensão do Brasil contemporâneo. A cada novo episódio fragmentos de recordações pessoais servem como ponto de partida para a compreensão de histórias narradas nos livros de história.