Visão Crítica

O cientista político Edélcio Vigna, do INESC (Instituto de Estudos Sócio-Econômicos), manifesta preocupação com a ata que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) acaba de liberar ao conhecimento público e na qual admite claramente aumentar as taxas de juros, se a inflação voltar a ameaçar. Vigna diz que persiste uma dúvida no espírito de muitos economistas, pela qual não se sabe se o país ingressa em novo ciclo de crescimento sustentado ou se estamos apenas diante de uma “bolha de crescimento”, como ocorreram tantas vezes, nos últimos vinte anos. Vigna comemora a possibilidade de que a União Européia e os Estados Unidos cortem 20% dos subsídios que dão aos seus agricultores, o que significaria para países produtores agrícolas, como o Brasil, disputar uma fatia de mercado equivalente a 30 bilhões de dólares. O cientista político reconhece que uma vitória de John Kerry, o candidato democrata nos Estados Unidos, poderia ser favorável aos interesses do Brasil.