21/09/2006
Eleições 2006: Fidelidade Partidária (bl.1)
A quem pertence o mandato: ao candidato ou ao partido? Até hoje, na prática, prevalece a tese de que o candidato é o detentor do próprio mandato, o que lhe assegura liberdade absoluta para mudar de partido. Liberdade tão grande que existem deputados que já trocaram de partido diversas vezes. Vem crescendo a convicção de que o partido, sim, é que deve ser o detentor do mandato, e o parlamentar pode até perder a chance de reeleição se insistir em trocar de partido. A fidelidade, assim, se tornaria condição essencial ao fortalecimento das legendas, abrindo caminho para a implantação de outra novidade: as listas pré-ordenadas de candidatos, formato já adotado com sucesso em outros países. A lista sairia das convenções com os nomes do partido em ordem hierárquica. E o eleitor votaria não mais num candidato isolado, mas na lista, elevando a identificação entre o eleitor e o programa partidário. Nesta edição do Palavra Aberta Eleições 2006, os presidentes dos partidos políticos com bancadas no Congresso ou seus representantes comentam as vantagens e as desvantagens do fortalecimento da fidelidade partidária e das listas pre-ordenadas.