19/05/2005
Transposição do Rio São Francisco (bl.1)
O programa Expressão Nacional discute a transposição do Rio São Francisco.
Para o deputado Edson Duarte, do PV da Bahia, a transposição do Rio São Francisco pode causar vários danos ao meio ambiente, porque, segundo ele, os cálculos elaborados pelos técnicos sobre o impacto da obra na vazão do rio foram feitos no período da seca, por isso devem ser bem superiores a 1%, como asseguram os executores dos relatórios oficiais. Além disso, o deputado lembrou que nenhum dos relatórios de impacto ambiental é conclusivo. O coordenador-geral do Projeto de Integração do Rio São Francisco do Ministério da Integração Nacional, Pedro Brito, rebateu afirmando que o projeto é absolutamente seguro porque foi realizado depois de cumpridas todas as exigências legais, e que os três RIMAs são unânimes em garantir a segurança da obra do ponto de vista da proteção da natureza tanto no rio quanto nos estados beneficiados – Paraíba, Pernambuco e Ceará. Para o professor de Geociências da UnB, José Elói, não interessa neste instante discutir se alguém é a favor ou contra, mas apenas se a obra está sendo realizada com o prazo necessário para serem devidamente avaliadas as suas consequências. E, na opinião dele, a obra exige um estudo mais demorado. Já o deputado Marcondes Gadelha, do PTB da Paraíba, relator da Comissão Especial do Semi-árido e o mais entusiasmado defensor da idéia, a transposição do São Francisco é a melhor e mais urgente providência para garantir água abundante e de boa qualidade para estados que sofrem diretamente com a seca, como é o caso da Paraíba. Para ele, trata-se de uma obra barata em relação a projetos semelhantes, como a que está sendo realizada na Índia, cujo custo benefício é dezenas de vezes mais baixo do que o similar nacional.