13/09/2018 16:31 - Saúde
13/09/2018 16:31 - Saúde
O Brasil é o oitavo país em número de suicídios, contabilizando 32 mortes por dia. Para chamar a atenção da sociedade para o problema que afeta todas as classes sociais e faixas etárias, é realizado em todo o mundo o Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio.
A professora de Enfermagem e coordenadora do Centro de Educação em Prevenção ao Suicídio da Universidade de São Paulo, Kelly Graziani, lembrou que o suicídio está entre as dez maiores causas de morte em todo o mundo, e por isso é preciso discutir o assunto de forma responsável.
Kelly Graziani ressaltou que o suicídio não tem uma causa única e nem sempre está ligado a doenças mentais ou ao uso de drogas.
"A solidão, a falta de suporte social, doenças incapacitantes relacionadas a muitas dores. Temos vários estressores: violência, situação de abuso, o bullying, então nós temos muitos fatores, tanto biológicos, quanto psicológicos e sociais que vão contribuindo para essa vulnerabilidade."
Kelly Graziani disse ainda que é preciso investir na promoção da saúde mental e na redução dos fatores de risco para toda a sociedade e no caso de pessoas que já tentaram o suicídio é preciso garantir também o acesso ao tratamento.
A enfermeira e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Emelynne Santos, ressaltou que o número de suicídios entre os idosos é maior que no restante da população, chegando a oito por cem mil contra cinco por cem mil para outras faixas etárias.
Emelyne Santos destacou a importância das relações familiares para prevenir o suicídio, especialmente entre os idosos.
"Alguns pesquisadores sugerem inclusive que as desordens psicológicas e os sintomas depressivos podem ser influenciados pela insatisfação do indivíduo com o suporte fornecido pelo seu grupo especial, principalmente a família."
O suicídio entre homens acima de 60 anos é quatro vezes maior do que entre as mulheres. Alguns fatores podem levar o idoso a um quadro depressivo que pode levar ao suicídio, entre eles, a aposentadoria; a morte do cônjuge, de um filho ou de amigos; o diagnóstico de doenças graves; e a perda de referências sociais.
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