01/11/2017 17:09 - Trabalho
01/11/2017 17:09 - Trabalho
Com o objetivo de incentivar os mais velhos a permanecerem no mercado de trabalho, um projeto de lei (PL 1782/15) prevê um bônus nas férias dos idosos. A cada ano trabalhado com carteira assinada, eles ganhariam um dia a mais de descanso. A regra valeria para homens com pelo menos 65 anos e 35 de contribuição e para as mulheres com o mínimo de 60 anos e 30 de contribuição.
O autor da proposta, deputado Diego Andrade, do PSD de Minas Gerais, aponta uma economia para os cofres públicos, já que o idoso que continuasse a trabalhar seguiria contribuindo para o sistema previdenciário. Para o empregador, a vantagem seria reter por mais tempo essa mão-de-obra qualificada, que se sentiria valorizada.
"Porque acaba sendo um esforço da pessoa idosa continuar na ativa, né? Então eu acho que essas pessoas merecem ser premiadas pela sociedade brasileira."
A radialista Maria Teixeira tem 63 anos e 36 de serviço em uma empresa pública. Ela gosta do projeto em discussão na Câmara.
"Seria bom pra mim porque aumentaria o período de férias. Eu não pretendo parar de trabalhar por enquanto".
Para o economista Eduardo Fagnani, da Universidade Estadual de Campinas, no entanto, a proposta não vai segurar as pessoas no mercado de trabalho, porque vai beneficiar uma parcela muito pequena da população.
"Só para você ter uma ideia, cerca de 80% dos aposentados da Previdência não conseguem contribuir sequer durante 25 anos. Então, é uma medida que certamente vai pegar o topo da pirâmide social, talvez menos de 10%, 20% se tanto, exclui a maior parte da população de um benefício que também não serve pra nada."
A proposta foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Ela ainda vai ser examinada pelas Comissões de Trabalho e de Constituição e Justiça. Depois disso, se não houver nenhum pedido específico, o projeto não precisa passar pelo Plenário e vai direto para o Senado.
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