Radioagência

O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, rebateu (nesta terça-feira, 31) críticas de parlamentares da oposição de que o governo de Michel Temer vem fazendo cortes em programas como o Bolsa Família e o Auxílio Doença. Em audiência na Comissão de Legislação Participativa, o ministro explicou que o que houve foi uma mudança na gestão desses programas, que passaram por um pente fino para a identificação de fraudes.

Segundo Osmar Terra, no Bolsa Família, por exemplo, foram retiradas do programa 4,4 milhões de famílias que não necessitavam do benefício:

"Ganhavam mais do que declaravam. Mas, ao mesmo tempo, nós conseguimos, pela primeira vez na história, zerar a fila. Tinha sempre um milhão de famílias esperando para entrar, mas não conseguiam entrar, porque tinha gente que não deveria estar e estava lá ganhando."

O argumento não convenceu o deputado Marcon, do PT do Rio Grande do Sul, para quem o governo federal trata as questões sociais como despesa.

"O governo que corta Bolsa Família, governo que corta salário mínimo, que corta o programa Água para Todos, o governo que corta recursos para a compra de alimentos. E dá de mão beijada para os grandes, vende o pré-sal."

Em defesa do ministro Osmar Terra, o deputado Darcísio Perondi, do PMDB do Rio Grande do Sul, disse que está havendo a transformação de uma gestão que era "frouxa" e "não tinha controle".

Também no Auxílio Doença, segundo o ministro, foram identificados casos de pessoas que recebiam o benefício há mais de dois anos sem precisar. A economia gerada a partir da medida chegará a R$ 15 bilhões por ano até o fim de 2018.

Ainda segundo Osmar Terra, o Orçamento de sua pasta no próximo ano será de R$ 33,5 bilhões, cinco bilhões a mais que o inicialmente previsto em agosto.