02/10/2017 12:15 - Economia
02/10/2017 12:15 - Economia
A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara reúne deputados, cientistas e pesquisadores, nesta quarta-feira (4), para discutir como o Brasil pode desenvolver e explorar economicamente um produto que pouca gente conhece, mas que promete ser revolucionário em um futuro próximo: o grafeno.
O grafeno é um material derivado do grafite, minério abundante no Brasil, e foi descoberto há menos de 15 anos por um pesquisador russo que acabou levando o prêmio Nobel por isso.
Mais duro que o diamante e mais resistente que o aço, o grafeno é um excelente condutor de eletricidade e calor. Ele pode, por exemplo, substituir o silício nos componentes eletrônicos ou ser usado na fabricação de baterias potentes e compactas.
A União Européia e países como os Estados Unidos, China e Coréia do Sul há muito pesquisam aplicações do grafeno na indústria, área em que o Brasil ainda está atrasado.
A audiência pública foi pedida pelo deputado Marcos Soares, do Democratas do Rio de Janeiro. O objetivo, segundo ele, é ouvir dos pesquisadores como o Congresso e o governo podem incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação do produto no Brasil.
"Eu acho que o primeiro que a gente tem que fazer é chamar estes cientistas aqui e ouvir deles: o que o grafeno realmente é, como é que se faz a extração dele, qual é o potencial que eles visualizam neste elemento que pode ser alcançado, e daí nós olharmos o que o governo pode fazer, o que a Câmara pode fazer, o Congresso em geral, se é dar algum incentivo, a não ser algum incentivo fiscal, se é fomentar".
O grafeno é mais valioso que o ouro e pode chegar a valer 500 vezes mais que o grafite, minério já explorado no Brasil, país que tem uma das maiores reservas do mundo.
O País ainda não tem estrutura para transformar o grafite em grafeno. Em breve, duas fábricas devem começar a operar por aqui, uma em Minas Gerais e outra em São Paulo.
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