13/09/2017 18:39 - Direito e Justiça
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O Conselho de Ética arquivou por unanimidade o processo por quebra de decoro contra o deputado Delegado Éder Mauro, do PSD paraense, sem aplicar punição.
O processo é baseado em uma representação da Mesa Diretora sobre a divulgação de vídeo na página do Facebook de Éder Mauro. O vídeo foi editado com parte de pronunciamento do deputado Jean Wyllys, do Psol fluminense, durante reunião da CPI que apurou, em 2015, a violência contra jovens negros e pobres no Brasil. Wyllys reclamou da adulteração do vídeo.
A decisão foi contrária ao parecer do deputado Ronaldo Martins, do PRB cearense, pela censura escrita a Mauro.
O parecer vencedor foi o do deputado José Carlos Araújo, do PR baiano, Segundo ele, não há elementos para apontar a responsabilidade de Mauro pela autoria da edição.
"Além de não ter nada comprovado. Foi feita a investigação e não ficou nada comprovado, nem que ele foi mandante nem que ele fez a adulteração, tem um erro tácito no processo. O relatório do relator aplica uma sanção que não cabe ao Conselho de Ética."
Segundo Araújo, a censura escrita só pode ser determinada pela Mesa Diretora e não pelo conselho.
Eder Mauro elogiou a decisão do conselho.
"Eu não esperava um resultado diferente. Diferente sempre é um bom senso. Acho que o bem sempre vai estar sobre o mal. Eu não vejo de outra maneira."
Também foi instaurado processo contra o deputado Wladimir Costa, do Solidariedade paraense. O presidente do colegiado, deputado Elmar Nascimento, do DEM baiano, ainda não designou relator para o caso. Ele deverá escolher entre três deputados sorteados nesta quarta-feira (13).
A representação foi apresentada pelo PSB, que acusa Costa de quebra de decoro parlamentar por ter assediado e ofendido a jornalista Basília Rodrigues, da Rádio CBN.
Na véspera da análise da denúncia contra o presidente Michel Temer, a repórter questionou Wladimir Costa sobre uma tatuagem com o nome do presidente e perguntou se ele poderia mostrar o desenho, para comprovar a versão de que se tratava de uma inscrição definitiva. O parlamentar teria respondido que só mostraria o seu corpo inteiro.
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal divulgou nota em que critica a "conduta machista e racista do deputado". Wladimir Costa se defende da acusação e nega o assédio.
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