15/02/2017 12:20 - Segurança
15/02/2017 12:20 - Segurança
Uma proposta em análise na Câmara dos Deputados anistia os policiais militares do Espírito Santo processados ou punidos por participar de movimentos reivindicatórios por melhores salários e condições de trabalho.
O projeto (projeto de lei 6882/2017) foi apresentado pelo deputado Alberto Fraga, do Democratas do Distrito Federal, para beneficiar os militares que se aquartelaram no estado do Sudeste neste início de fevereiro. Mulheres e familiares dos policiais foram para a frente dos quartéis para impedir que eles saíssem. Atualmente, os policiais militares são proibidos de se sindicalizar ou de fazer greve. Diante da proibição, Alberto Fraga defende uma contraprestação do Estado, com reposições salariais regulares. Em relação aos militares do Espírito Santo, o parlamentar lembra que eles tentam há quatro anos negociar melhorias salariais com o governo estadual, sem sucesso.
"Foi um caso muito grave, muitas mortes. Fazer o quê? É o segundo pior salário do Brasil. Um governador que não se incomoda com a sua polícia vivendo num estado de penúria, o que ele quer? Não se sensibiliza com um policial ganhando dois mil e 600 reais, com uma atividade de risco, mas ele não se incomoda de ver um juiz ou promotor ganhando 40, 50 mil."
Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Júlio Lopes, do PP do Rio de Janeiro, se diz contrário à anistia proposta por Alberto Fraga.
"Eles tomaram as posições que tomaram conscientes dos prejuízos que a sociedade estava sofrendo. Foram mais de cem mortes decorrentes de uma greve que é absolutamente inaceitável."
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, disse que não há nenhuma possibilidade de anistia aos policiais e que a base política de Michel Temer não vai apoiar anistia para militares em greve.
O projeto de lei apresentado por Alberto Fraga será analisado pelas comissões técnicas da Câmara.
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