11/08/2016 12:18 - Comunicação
Radioagência
Proposta flexibiliza contratos de operadoras de telecomunicações
Projeto que flexibiliza contratos de operadoras de telecomunicações pode ser votado na Comissão de Desenvolvimento Econômico no próximo esforço concentrado do dia 22 de agosto. A proposta (projeto de lei 3453/2015) autoriza a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, a mudar as concessões para autorizações, modalidade mais flexível de contrato e com menos obrigações para as operadoras.
O projeto já foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia e recebeu parecer favorável na Comissão de Desenvolvimento Econômico, onde cumpre prazo para recebimento de emendas. O relator, deputado Laércio Oliveira (SD-SE) propôs mudanças no texto (substitutivo). Para o autor da proposta, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), mesmo com as alterações, foi mantida a essência do texto. O principal, segundo ele, é permitir a mudança do regime de concessão para autorização.
"Pra que a gente possa estimular o país a voltar a ter investimentos no setor. Que nos últimos anos tem perdido investimentos devido à lei jurássica que nós temos hoje. Uma lei que lá atrás foi fundamental, importantíssima, mas que já está prestes a completar 20 anos, uma lei que trata muito sobre a telefonia fixa. Houve uma convergência tecnológica muito grande em relação à telefonia móvel, à banda larga, à TV por assinatura e tudo isso mudou muito o cenário e é necessária a reformulação da Lei Geral de Telecomunicações."
Outro ponto considerado essencial por Daniel Vilela é o fim da reversibilidade dos bens das concessionárias para o poder público. A reversão é a entrega pela empresa concessionária dos bens ligados à concessão de volta ao Estado, para garantir a continuidade do serviço. Em vez disso, as empresas usariam o valor desses bens para custear investimentos em melhoria na rede, principalmente para internet de alta velocidade. O Ministério da Fazenda estima que o total dos bens reversíveis soma R$ 17,7 bilhões.
Entre as mudanças incluídas pelo relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, está a continuidade do serviço de voz já prestado para a população, independentemente da tecnologia empregada, nas áreas sem competitividade; o estabelecimento de compromissos de investimento a serem assumidos pela prestadora de forma a ampliar o acesso à banda larga para a população; e a criação de mecanismo para assegurar que as empresas não possam desistir de prestar o serviço em áreas de menor interesse econômico, deixando regiões sem atendimento.
O projeto que altera o regime de exploração dos serviços de telecomunicações também será analisado pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.








