Radioagência

A partir de 5 de agosto de 2016, mais de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo vão estar com os olhos voltados para o Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Aproximadamente 11 mil atletas e mais de dois milhões de pessoas vão passar pela cidade maravilhosa para acompanhar as 28 modalidades esportivas.

De acordo com o Portal da Transparência, o custo total das Olimpíadas será de R$ 38 bilhões, sendo que cerca de R$ 24 bilhões serão gastos em obras que ficarão de herança para a cidade, como BRTs; extensão do metrô até a Barra da Tijuca; obras contra enchentes; novas escolas públicas; e, por fim, a revitalização da região portuária do Rio.

Por outro lado, há quem diga que os benefícios não são tantos assim. As dívidas contraídas para execução das obras, por exemplo, podem levar décadas para serem pagas. Houve a queda da ciclovia na Avenida Niemeyer, que liga o bairro do Leblon ao de São Conrado, matando duas pessoas. Diversas obras também podem se tornar grandes "elefantes brancos". E outras tantas prometidas, como a despoluição da Baía de Guanabara não saíram do papel. Além disso, o estado do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública, causado pela crise financeira.

O deputado Chico Alencar, do Psol fluminense, espera que haja um legado que traga benefícios para a população:

"Em meio a isso, vamos receber os Jogos Olímpicos, aquela confraternização internacional e o grande problema é que, durantes os dias dos jogos, nós teremos um Rio de Janeiro aparentemente tranquilo, mas o que ficará depois disso? Não podemos ser uma cidade e um estado de fantasia, que se prepara para um evento, que faz fachada de boa acolhida e de beleza, inclusive de parques olímpicos, de estádios, de locais de competição construídos com muito esmero, e espera-se, sem sobrepreço, sem corrupção, mas isso tem que se verificar permanentemente, e depois volte a uma vida cotidiana que tem trazido tristeza para cariocas e fluminenses."

Já o deputado Altineu Cortes, do PMDB fluminense, acredita que a população já está usufruindo das conquistas trazidas pelos jogos:

"É um legado incrível, eu acho que na área do transporte, por exemplo, houve transformações que vão ficar marcadas na história do Rio de Janeiro. Isso, diga-se de passagem, o povo do Rio de Janeiro já vem podendo observar no seu dia a dia. É obvio que as obras causam transtorno e isso, durante um tempo, aconteceu, mas são obras que vão ficar para o povo do Rio de Janeiro, e os turistas que o Rio recebe vão aproveitar todo esse legado que a Olimpíada deixou. Diga-se de passagem, precisamos registrar isso, dez vezes mais barata que a Olimpíada de Londres. Então, o Brasil está de parabéns, em realizar os Jogos Olímpicos dentro de todo esse cenário de dificuldade que o Brasil passa."

Os primeiros registros históricos das Olimpíadas são do ano 776 a.C., quando os atletas vencedores começaram a ter seus nomes registrados. Na chamada Era Moderna, Atenas foi a cidade que sediou a primeira Olimpíada, em abril de 1896. Desde então, as competições passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos, com exceção dos anos de 1914, 1918, 1939 e 1945, quando ocorreram as duas grandes guerras mundiais. A Olimpíada do Rio de Janeiro será a de número 21.