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Representantes da indústria da construção civil defenderam mais investimentos no setor durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, afirmou que o setor imobiliário pode funcionar como alavanca ou como elemento de retração da economia. Para o dirigente da CBIC, construção civil é sinônimo de investimento, o que pressupõe credibilidade. Ele também destacou que é importante evitar a informalidade no setor.

"Construção é investimento, e investimento pressupõe credibilidade. Tenho que acreditar que terei emprego amanhã para comprar um imóvel hoje. Vou assumir uma prestação de 30 anos, como eu vou comprar se não tenho emprego semana que vem. A informalidade na construção civil é um absurdo, o potencial arrecadatório na informalidade na construção civil é de R$ 30 bilhões por ano. Nós temos 54% dos ocupados na construção civil que não recolhem para Previdência, deveria existir uma fiscalização muito rígida, uma cobrança muito grande em cima da informalidade o que não ocorre hoje, no nosso entendimento”.

O coordenador da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários, Pedro Wähmann, defendeu projetos que garantam segurança jurídica para a locação de imóveis, sobretudo no período atual de crise econômica e a falta de recursos para o setor de construção.

"É uma via de moradia digna cada vez mais presente na vida do Brasil, precisa que haja uma consolidação da segurança jurídica entre o locador e o locatário".

O deputado Laércio Oliveira, do Solidariedade de Sergipe, e que solicitou o debate, destacou que a comissão de Desenvolvimento Econômico pretende apresentar ao Executivo diversos projetos com soluções para contribuir com o fim da crise.

"Essa comissão produz ideias e apresenta soluções ao governo federal a partir do posicionamento dos empresários que aqui vêm. Setorizados. Cada um vem e traz sua ideia e aí formatamos a título de recomendação e encaminhamos ao Executivo para ajudar o nosso governo e o País a enfrentar a crise".

Laércio Oliveira destacou ainda sua preocupação com a perda de competitividade da indústria brasileira em função de um cenário de retração econômica.