19/08/2015 21:45 - Ciência e Tecnologia
Radioagência
Jogos virtuais e aplicativos podem ajudar a explicar política
Hackers de todo o País apresentaram aos parlamentares nesta quarta-feira (19) diversos jogos e aplicativos que envolvem atividades educativas que ajudam a esclarecer, de maneira lúdica, o dia a dia da política e do Congresso Nacional. O evento, que começou na última segunda-feira (17) e terminou nesta quarta-feira, foi uma iniciativa do Laboratório Hacker, projeto da Câmara dos Deputados que reúne criadores da área de informática para oferecer soluções para o Legislativo.
Formada em design gráfico, Júlia Carvalho desenvolveu o jogo "Atos", um jogo de tabuleiro que simula as dinâmicas que ocorrem no sistema político brasileiro.
"Você é um personagem que é um partido. E o jogo explica o que é o presidencialismo de coalizão, como funciona o pluripartidarismo na esfera do Congresso e do Executivo. E brinca com a questão da eleição, como ela determina vários outros momentos da política, como dos apoios privados, apoio político, apoio popular, das greves".
Júlia Carvalho afirmou que em breve o jogo estará disponível gratuitamente em plataforma digital para ser replicado em escolas.
Guilherme Cianfarani trabalha como designer de games e criou o jogo "Homens Partidos", que mostra como é a disputa partidária no Brasil, desde a redemocratização até os dias de hoje. Vence o jogo aquele partido (PT, PMDB, PSDB, DEM, pequenos partidos de esquerda e de direita) que conseguir adquirir o maior legado político.
"A ideia é trabalhar jogos como uma ferramenta de educação. O objetivo de jogo é uma disputa de poder mesmo, e dependendo do cargo que você tenha, você ganha pontos de legado. Ganha o partido que até o final de 2014, que adquiriu mais legado. Outra ideia do jogo é mostrar como os poderes se cruzam (Executivo, Judiciário, Legislativo) com o poder do capital, que entra no jogo como grandes varejistas, grandes empreiteiras, grandes bancos, grande mídia."
A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, do DEM de Tocantins, acredita que a iniciativa pode fazer com que os jovens se interessem mais por política.
"É o jeito que enxergo de trabalhar um cidadão diferente, que conheça os seus direitos, e saiba como é o jogo político e como pode ser mudado. Se ele conhece o que está acontecendo, ele sabe o quanto pode ser diferente."
O coordenador do Laboratório Hacker da Câmara, Cristiano Ferri, explicou que o evento ocorreu a pedido das comissões de Educação e Cultura, que promoveram o seminário internacional que reuniu especialistas na defesa do uso de conteúdo educacional compartilhado por meio de licenciamento aberto para estudantes de todos os níveis educacionais, os chamados Recursos Educacionais Abertos.








