20/07/2015 18:52 - Política
20/07/2015 18:52 - Política
Universitários do país inteiro encheram o corredor das comissões nesta segunda-feira discutindo projetos que eles mesmos apresentaram. É o Projeto Politeia, parceria entre a Câmara dos Deputados e o Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), que realiza uma simulação da atuação dos parlamentares na Câmara dos Deputados.
Esta é a 10º edição do projeto, que tem a participação de 179 estudantes universitários de todo o País. Destes, 135 vão representar as funções de deputados, 16 terão a função de jornalistas e 28 trabalham na organização do evento. Conforme prevê o Regimento Interno da Casa, eles elegem os presidentes da Câmara e das comissões, apresentam projetos e discutem as propostas nas comissões e no Plenário da Casa.
E como a intenção do projeto é refletir o dia-a-dia da Câmara dos Deputados, os organizadores decidiram ampliar o número de partidos para que os estudantes se deparem com desafios do parlamento no cenário de fragmentação partidária. É o que explica a coordenadora-geral do Politeia, Bruna Ribeiro.
"Essa edição a gente aumentou o número de partidos mesmo para a gente refletir o cenário atual da Câmara né? Já que a gente tem agora muitos partidos pequenos e médios. Então antes a gente tinha oito partidos, esse ano a gente tem dez e aí diluiu bastante a diferença entre os partidos e a formação dos blocos."
Um dos projetos em discussão na Comissão de Seguridade Social e Família do Politeia pretende reduzir para 18 anos a idade mínima em que a mulher ou homem possa solicitar a esterilização voluntária por meio de laqueadura ou vasectomia. A lei só permite os procedimentos para maiores de 25 anos de idade ou pelo menos dois filhos vivos e obriga a autorização do cônjuge.
A proposta é de autoria da estudante de Ciência Política Nailah Neves, que participa do Politeia pela quarta vez.
"Se o Estado diz que, com 18 anos, a pessoa tem plena condição civil, então com essa idade ela pode ter direito de fazer o que quiser com o seu corpo."
A estudante, no entanto, aprendeu na prática que é difícil fazer uma proposta percorrer os caminhos até virar lei.
"Quando estamos aqui sabemos quão difícil é aprovar um projeto e fazer uma lei. Uma pessoa não consegue fazer."
Até quinta-feira pela manhã, as comissões temáticas continuarão trabalhando para decidir quais projetos seguirão para o Plenário, que será ocupado pelos estudantes durante a quinta e sexta-feira.
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