01/07/2015 15:43 - Transportes
Radioagência
Corte de recursos dificulta operação dos trens urbanos
A audiência pública da comissão discutiu as perspectivas e o planejamto do transporte público no país. Camacho explicou aos deputados as dificuldades enfrentadas pela companhia: "O orçamento da CBTU tem sido sempre contingenciado e, dentro desse contingenciamento, a dificuldade que a gente enfrenta para a manutenção da operação tem sido enorme. Eu tenho até que elogiar o Ministério das Cidades, que este ano deu tratamento diferenciado para a CBTU. Com essa perspectiva enorme de cortes que havia no começo do ano, isso foi reduzido bastante. E isso deu um gás a mais para a gente. Mas, dentro do que seria desejável, nossos recursos ainda são bastante escassos."
O assessor da presidência da CBTU, Bernardo Galvão, destacou que a falta de recursos fez com que o número de falhas no sistema crescesse entre 2007 e 2014. Segundo ele, as tarifas da companhia não sofrem aumento desde 2006, ficando entre 0,50 centavos e 1 real e 80 centavos. Mas os representantes da companhia de trens urbanos afirmaram que o investimento na modernização do sistema tem sido feito pelo governo federal, por meio do PAC Equipamentos. A companhia já implantou ou está adquirindo VLTs, veículos leve sobre trilhos, em várias cidades brasileiras, e espera, com isso, aumentar o número de passageiros transportados.
Durante a reunião, a Comissão de Desenvolvimento urbano criou uma subcomissão para tratar de mobilidade urbana. Na audiência, o diretor de jornalismo do portal Mobilize Brasil, sobre mobilidade urbana sustentável, Marcos de Sousa, destacou a importância do investimento, pelas cidades, em transporte público e em infraestrutura para os pedestres: “Ao longo dos últimos 50 anos, as cidades foram gradativamente ampliando os espaços destinados ao tráfego motorizado. O pedestre foi esquecido, tanto que ele é chamado não motorizado. Ele não é mais pedestre; ele é não motorizado. Na verdade, o que a gente busca é recuperar o espaço urbano, para que as pessoas possam circular a pé, com calçadas adequadas, faixas de pedestres seguras, tempo de semáforo adequados, pelo menos equilibrado em relação ao tráfego motorizado".
O deputado Valadares Filho, do PSB de Sergipe, que pediu a audiência, disse que o debate vai ajudar no trabalho da subcomissão de mobilidade urbana.








