06/05/2015 19:46 - Saúde
Radioagência
Epidemia de dengue preocupa deputados; 745 mil casos foram registrados até abril
A epidemia de dengue no Brasil tem repercutido entre os deputados. Dados do Ministério da Saúde divulgados na última segunda-feira revelam que o país registrou mais de 745 mil casos da doença entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O total é duas vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
O deputado Dr. Sinval Malheiros, do PV de São Paulo, explica a importância da população no controle da dengue.
"Depende muito da população também, né? Porque a população tem que estar muito ciente que qualquer local que tenha água parada já pode instalar-se ali o mosquito para desovar ali."
O deputado Miguel Lombardi, do PR de São Paulo, afirmou que teve um encontro com o ministro da Saúde, Arthur

Chioro, e cobrou providências, principalmente no seu estado, onde houve o maior número de mortes pela doença.
"O estado de São Paulo infelizmente atravessa um momento difícil na questão da dengue. Peço e reivindico ao Ministério da Saúde, e continuarei reivindicando, e à secretária do estado de São Paulo, que tome providências junto a essa doença, essa epidemia que infelizmente prejudica muito e está prejudicando muito nosso estado e está ceifando muitas vidas. As famílias estão apavoradas, a situação é muito delicada."
Pedro Tauil, médico epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, explicou que todas as maneiras divulgadas pela imprensa, como, por exemplo, deixar tampados os reservatórios de água, são medidas importantes e que devem ser seguidas pela população. Ele contou ainda o que precisa ser feito para que a doença possa ser controlada.
"Primeiro, buscar inovações. Estão se buscando vacinas, estão se buscando alterações no controle vetorial por meio de mosquitos modificados. E terceiro, além disso, diagnosticar e tratar oportunamente para que as pessoas não venham a falecer dessa doença."
O iluminador José Costa foi picado pelo mosquito e contou que ficou sete dias em repouso e tomou muito soro líquido devido à dificuldade de se alimentar com comidas sólidas.
"Os sintomas que eu senti eram febre e frio direto. Não comia e só febre. Ao mesmo tempo em que estava aquele frio, o corpo todo dolorido, até o cabelo da cabeça doía."
Das 229 mortes registradas nas 15 primeiras semanas de 2015, 169 foram no estado de São Paulo. Goiás vem em seguida, com 15, além de Paraná e Minas Gerais, com 8 cada. Até 18 de abril houve 404 casos graves, elevação de 49,6% na comparação com 2014, quando foram registradas 270 notificações do tipo.








