11/12/2014 20:27 - Política
Radioagência
CPMI da Petrobras: relatório paralelo pedirá indiciamento de oito pessoas
Cinco partidos de oposição (PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade) vão apresentar um relatório paralelo para à CPI Mista da Petrobras na quarta-feira (17) e pedir o indiciamento do deputado Luiz Argôlo, do Solidariedade baiano, do deputado cassado André Vargas, do Paraná, do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e de executivos da empresa Toyo Setal.
Segundo o deputado Carlos Sampaio, do PSDB paulista, escolhido para redigir o texto, o relatório apresentado pelo deputado Marco Maia, do PT gaúcho, nesta quarta-feira (10) "pegou leve demais".

"O relatório deixou a desejar, o relator, usando uma expressão mais simples, pegou leve demais numa investigação seriíssima e com consequências graves. E, portanto, nós estamos apresentando na próxima quarta-feira (17) um relatório paralelo de todas as oposições.”
O relator, deputado Marco Maia, afirmou na quarta-feira (10) que não incluiu Argôlo e Vargas em seu parecer porque a relação deles com Youssef não tinha a ver com desvios na Petrobras. Argôlo e Vargas são acusados de receber recursos ilícitos de Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
O relatório final de Marco Maia pede para o Ministério Público aprofundar a investigação dos ex-diretores da estatal Paulo Roberto Costa, de Abastecimento; Nestor Cerveró, da Área Internacional; Renato Duque, da Área de Serviços, e outras 49 pessoas.
Segundo Maia, o pedido para aprofundar a investigação é uma solicitação de indiciamento. Ele afirmou que não fez o indiciamento pessoa a pessoa, porque seria inócuo fazer o pedido de pessoas já denunciadas à Justiça, como Paulo Roberto Costa.
“Seria inócuo eu dizer: vamos responsabilizar o Paulo Roberto Costa por tais e tais crimes”. Ele já está indiciado, já está, inclusive, denunciado e há algumas pessoas ali, duas ou três pessoas, que a investigação precisa avançar um pouco mais. Como, por exemplo, Nestor Cerveró.”
Sampaio acredita que o texto a ser apresentado pela oposição poderá ser aprovado porque os parlamentares da base do governo não têm ido às reuniões da CPI, onde a oposição tem apenas 8 entre as 32 vagas.
O deputado tucano afirmou que é "estarrecedor" o questionamento feito pelo relator Marco Maia à decisão do TCU, Tribunal de Contas da União, que identificou um prejuízo de quase 800 milhões de dólares na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo Marco Maia, a decisão precisa ser reavaliada, pois deixou de considerar fatores importantes que justificam o negócio.








