09/12/2014 16:59 - Economia
09/12/2014 16:59 - Economia
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (9) que o órgão trabalha para chegar ao centro da meta de inflação estabelecida pelo governo, de 4,5%, até o final de 2016.
Ele participou de audiência conjunta da Comissão Mista de Orçamento e de cinco comissões da Câmara e do Senado.
Tombini admitiu, porém, que a inflação deverá crescer no curto prazo. A culpa, segundo o presidente do Banco Central, é o aumento do custo de itens controlados pelo governo, como energia elétrica e combustível, para ficar mais de acordo com outros preços de mercado.
Segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a inflação em 12 meses ultrapassou o teto da meta de 6,5%.
Para o deputado Amauri Teixeira, do PT baiano, as avaliações do presidente do BC indicam uma perspectiva favorável para 2015.
"As metas têm sido cumpridas, há uma perspectiva favorável para 2015. Há um cenário internacional bastante difícil, mas 2015, segundo o próprio presidente, vai haver uma mudança, vai crescer novamente."
A análise do líder do DEM, deputado Mendonça Filho, de Pernambuco, é oposta.
"Ele, na verdade, ratifica a grande dificuldade econômica vivenciada pelo País hoje: inflação crescente, praticamente estamos estagnados, parados. O Brasil crescendo 0%, 0,18% este ano. E a perspectiva para 2015 é de mais arrocho e de mais dificuldades."
Tombini negou que os aumentos da Selic, taxa básica de juros da economia, após as eleições ocorreram por pressão política. Os juros aumentaram em 0,75 ponto percentual no final de outubro, dois dias após o segundo turno, e no início deste mês. Segundo o presidente do Banco Central, a mudança foi feita por causa de uma alta generalizada do dólar no mundo.
O aumento dos juros após as eleições foi criticado por parlamentares da oposição. Tombini lembrou que as reuniões do Copom, Comitê de Política Monetária que decide o reajuste da taxa básica de juros, são marcadas com um ano de antecedência e não houve mudanças por questões eleitorais.
No fim de novembro, Tombini foi confirmado à frente do Banco Central por mais quatro anos, junto com a apresentação dos ministros indicados da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. Na ocasião, o governo se comprometeu a buscar um superavit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem e de 2% nos dois anos seguintes.
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