24/11/2014 18:33 - Ciência e Tecnologia
Radioagência
Segundo Hackathon Câmara começa hoje com debate
Começou nesta segunda-feira o segundo Hackathon da Câmara dos Deputados com debate sobre os 22 projetos selecionados entre os participantes. O tema desta edição, que ocorre no Salão Branco da Câmara durante toda a semana, é "Gênero e Cidadania".
No primeiro dia, os participantes apresentaram um resumo de seus projetos e discutiram as diferentes propostas para aprimorar as ideias.
Segundo o coordenador do evento, Cristiano Ferri, a melhor atitude é o trabalho colaborativo.
"Uma forma de interação que permitisse que eles pudessem trocar ideias, ajudar uns aos outros para estimular o que a gente considera que é principal nessa atividade: que é o trabalho colaborativo, que é a troca de ideias, que é o trabalho em rede."
O Hackathon é uma maratona que reúne hackers, programadores, desenvolvedores e inventores para criar projetos que transformem informações de interesse público em soluções digitais. O objetivo é promover a ampliação da transparência dos dados públicos. Organizado pelo Laboratório Hacker da Câmara e pela Secretaria da Mulher, o evento tem patrocínio do Banco Mundial.
A segunda edição do Hackathon contou com 165 inscritos de todo o País e 75 propostas de aplicativos sobre os temas "Violência contra a mulher" e "Políticas públicas de gênero e cidadania".
Um dos participantes é Leandro Correia, de São Paulo. Sua proposta é de um aplicativo para ser acionado quando a mulher estiver prestes a sofrer algum tipo de violência. Ao acionar o aplicativo, uma mensagem de alerta será enviada à rede de contatos já programada como parentes e amigos. O aplicativo gravará o áudio da conversa entre agressor e vítima e mandará informações de localização a cada cinco minutos.
Daniela Rozados e outros dois amigos criaram o projeto Minha Voz para ajudar as vítimas a relatarem a violência sofrida a partir do estado psicológico em que se encontra.
"Através de perguntas fundamentais, perguntas básicas a gente vai direcionando, tanto para a vítima entender o que aconteceu com ela, porque não é algo imediato. A vítima não entende de uma hora para outra, é uma coisa que requer uma assimilação. E para ela poder elaborar que tipo de alternativas ela tem, inclusive de permanecer anônima e de não denunciar."
A partir desta terça-feira (25) começa a interação dos 47 participantes selecionados para desenvolver os 22 projetos com parlamentares e servidores da Câmara. Ao fim da maratona, os projetos serão avaliados por questões como interesse público e criatividade. Os autores dos dois projetos vencedores serão premiados com passagem e hospedagem para participar de um encontro sobre projetos de Democracia Digital na sede do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.








