07/10/2014 19:40 - Política
07/10/2014 19:40 - Política
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar o número de parlamentares ligados à área da segurança vai crescer na próxima legislatura. Segundo o Diap, cerca de 20 deputados federais eleitos defendem temas ligados à classe policial, alguns com posições políticas envolvendo mudanças na legislação penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, a reforma do sistema prisional e novas políticas sobre drogas e menores infratores.
Entre os eleitos há policiais, majores, cabos, militar da reserva, delegado da Polícia Federal e até mesmo apresentador de programa policial. O deputado Jair Bolsonaro, capitão do Exército, do PP fluminense, e os ex-deputados Moroni Torgan, ex-policial federal eleito pelo DEM cearense, e Alberto Fraga, tenente-coronel da PM, eleito pelo DEM do Distrito Federal, foram os campeões de votos em seus estados. No DF, inclusive, dois dos oito deputados eleitos são policiais, já que, além de Fraga, também foi eleito Laerte Bessa, delegado aposentado da Polícia Civil
Alberto Fraga afirmou que pretende criar uma frente parlamentar para discutir a redução da maioridade penal.
"A maior bandeira minha com relação à segurança pública é acabar com essa impunidade do menor que tem aumentado a cada dia a participação de menores em crimes de segurança pública do Brasil. Vou lutar por essa questão da maioridade penal, vou também atacar as questões do sistema prisional, que precisa ser reformulado e atualizado e vou também ficar nessas bandeiras que é algo que o povo mais quer, que é a segurança pública eficiente e com qualidade"
O cientista político Flávio Brito atribui a votação expressiva desses candidatos a uma percepção de impunidade e de insegurança por parte da população.
"Há um senso comum em todo território nacional que as penas têm que ser endurecidas e que o debate que envolve principalmente a participação de menores em crimes considerados bárbaros têm que ser debatidos, pela sociedade e pelo parlamento nacional.Tem que ser debatido a questão efetiva do cumprimento das penas no país e no que tange, em especial, os crimes praticados por menores"
Flávio Brito disse também que a discussão na Câmara vai encontrar resistência entre os parlamentares defensores dos direitos humanos, mas, para ele, é papel do Legislativo enfrentar esse debate.
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