10/09/2014 19:14 - Educação
Radioagência
Matrículas em cursos de graduação crescem 3,8% em 2013
Resultado do Censo da Educação Superior de 2013, divulgado nesta terça-feira, aponta para crescimento de 3,8% no número de matriculados em cursos de graduação, no período de 2012 a 2013. O destaque é para as instituições de ensino superior privadas, responsáveis por 74% dessas matrículas.
O censo ressalta o alto desempenho dos cursos tecnológicos que atraíram mais alunos de graduação do que a licenciatura e o bacharelado, entre 2012 e 2013. Grande parte da oferta de cursos tecnológicos é feita por instituições de ensino privadas.

Pelo censo, o número de ingressantes na graduação se manteve estável, com uma pequena variação negativa. Já o de concluintes diminuiu em 5,7%. Apesar do aumento na taxa de conclusão na rede federal, o ensino a distância registrou queda de 50%, no período de 2012 a 2013.
Para o ministro da Educação, Henrique Paim, a pequena participação da rede pública na educação a distância, atualmente em 13,4%, é uma das causas da queda nas taxas de ingresso e conclusão.
"No caso dos ingressantes, nós temos feito uma atuação muito forte de supervisão, porque tão importante quanto a expansão do sistema, é fundamental que temos qualidade no sistema. Então, a atuação do ministério tem sido bastante rigorosa no acompanhamento de todos essas matrículas de cursos e de instituições que participam do sistema federal. Então, a redução dos processos seletivos, como a gente tem feito, influencia diretamente na questão dos ingressantes, os concluintes, nós estamos trabalhando nessas informações. E há uma série de fatores, os cursos a distância, que têm demonstrado especificamente na rede pública uma redução, por exemplo. Mas nós temos certeza de que esse ritmo de concluintes vai melhorar nos próximos censos."
Paim avalia aumento de recursos destinados à educação como importante passo para equiparar o Brasil aos países desenvolvidos.
"Nós vamos ver uma evolução importante: sairemos de 4,8% para 6,4%. Uma evolução grande em termos de investimento educacional. Agora, a proporção do valor por aluno em relação aos países mais desenvolvidos é de 1/3, porque nós demoramos muito para ter prioridade no investimento educacional. Esse esforço que está sendo feito tem resultados, tanto é que o próprio relatório da OCDE aponta para isso. Nós temos perspectiva de melhorar, temos um Plano Nacional de Educação que diz que teremos de chegar a 10% do PIB e temos uma nova fonte de financiamento, onde nós temos 75% dos recursos do petróleo para educação e 50% dos recursos do pré-sal."
O deputado Angelo Vanhoni, do PT do Paraná, enfatizou a necessidade de estimular o crescimento da rede pública. Segundo o censo, nos últimos 10 anos, a taxa média de crescimento anual foi de 5% na rede pública e de 6% na privada.
"É uma preocupação de todos nós a ampliação de vagas públicas. Nós sabemos da complexidade que tem essa meta. É preciso que o governo federal faça um esforço para que a ampliação de novas universidades públicas e gratuitas em todo o território nacional possa acontecer."
O censo apontou também que a maioria das pessoas que ingressaram no ensino superior em 2013, 54,7% foi de mulheres. O censo auxiliará o Ministério da Educação a apurar indicadores de qualidade, como o Conceito Preliminar de Curso.








