17/07/2014 17:45 - Meio Ambiente
Radioagência
Deputado diz que leis ajudaram a reduzir emissões de gases estufa durante Copa
O deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, integra a Comissão Mista de Mudanças Climáticas e a Frente Parlamentar Ambientalista. Ele comentou dados do Ministério do Meio Ambiente que apontam a compensação preliminar de 545 mil toneladas de carbono equivalente durante a preparação e a realização do evento. O carbono equivalente é a unidade de medição de gases que provocam o aquecimento global. Na prática, esse total mostra que uma área igual a 1.124 campos de futebol (1.124 hectares) deixou de ser desmatada. A compensação das emissões foi feita sobretudo por meio de técnicas sustentáveis da construção civil e do setor de transportes, plantios de árvores e uso do chamado mercado de carbono. Esses e outros instrumentos estão previstos, por exemplo, na Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187/09), aprovada pelo Congresso em 2009, como ressalta Fernando Ferro.
"Isso é muito importante porque contribui não só para a política de combate às mudanças climáticas provocadas pelos gases do efeito estufa, como incentiva crescentemente as fontes renováveis de energia nas nossas instalações. Isso significa a construção de uma cultura de sustentabilidade nas nossas edificações e na nossa engenharia, colocando o Brasil hoje como um dos países top 10 no uso de energias renováveis".
A Lei Geral da Copa (Lei 12.663/12), aprovada pelo Congresso dois anos antes da competição, também incentivava as ações sustentáveis, sobretudo quanto à mitigação dos impactos ambientais. O cálculo das emissões totais ainda não foi concluído e há a possibilidade de o Brasil torna-se o primeiro país a compensar 100% das emissões de gases do efeito estufa de uma Copa, estimados em 1 milhão e 400 mil toneladas de carbono equivalente. O coordenador da Câmara Temática de Sustentabilidde da Copa, Claudio Langone, disse que a outra meta do país é obter um resultado ainda superior durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, daqui a dois anos.
"Nós temos essa feliz coincidência de dois megaeventos desportivos em um intervalo de dois anos e os atores envolvidos no processo de construção da agenda de sustentabilidade da Copa são os mesmos que vão ser chamados para contribuir na agenda da Olimpíada. Então, vamos utilizar o que a gente acumulou (de aprendizado) e fazer uma agenda ainda mais ousada para 2016".
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os programas Iniciativa Baixo Carbono na Copa e Passaporte Verde, do governo federal, além de várias ações desenvolvidas pelos estados e cidades-sedes, foram fundamentais para a redução dos gases do efeito estufa durante a Copa.








