14/07/2014 18:53 - Esportes
Radioagência
Copa: governo ressalta sucesso do evento; deputados enumeram prós e contras
O governo fez um balanço positivo da Copa do Mundo e avaliou que a eficiência na organização foi comprovada. Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o mundial foi um sucesso e que o Brasil fez a Copa das Copas. Dilma destacou que as previsões pessimistas foram superadas. Ela elogiou a capacidade do brasileiro em receber bem o visitante estrangeiro e o tratamento adequado dispensado aos atletas.
Ao citar a derrota da Seleção diante da Alemanha, Dilma Rousseff ressaltou que "tudo na vida é uma questão de superação". O Brasil, na visão da presidente, "demonstrou uma tremenda dignidade diante do revés da derrota".
O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, enumerou os pontos positivos da organização. Segundo ele, a estrutura dos aeroportos foi ampliada em 52% e faixas exclusivas para ônibus ganharam 130 quilômetros e 15 mil antenas de transmissão foram instaladas nas cidades-sede.
O Ministério do Turismo estimou que o mundial injetou R$ 30 bilhões na economia do país. Foram mais de 1 milhão de turistas e 95% deles pretendem voltar.
Na Câmara dos Deputados, o balanço da Copa dividiu opiniões entre base de apoio ao governo e oposição.
Para o vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), o Brasil cumpriu muito bem o seu papel.
"O legado da Copa é extraordinário para o país. Nós vencemos todos os obstáculos, preparamos a melhor Copa de todas as copas já existentes. Como a imprensa internacional anunciou: é a Copa das Copas. O insucesso da nossa Seleção não retira aquilo que foi fantasticamente visto pelo mundo. O Brasil se preparou, o governo brasileiro se preparou para receber esta Copa, criou as condições."
Já o deputado Arnaldo Jordy (PA), vice-líder do PPS, afirma que os interesses nacionais poderiam ter se apropriado de mais vantagens. A seu ver, os pontos negativos do Mundial incluem obras de mobilidade urbana canceladas em sua maior parte; a total isenção de impostos para a Fifa, que vai ficar com quase um terço dos lucros com o evento; o superfaturamento, e a eliminação da concorrência nas obras das arenas.
"Esses estádios, com exceção os do Rio, São Paulo e talvez Recife, esses estádios de Cuiabá, o do Amazonas, o de Natal e o de Brasília serão elefantes brancos porque não têm agenda. Já foi revelado aí por algumas mídias sociais e alguns órgãos da imprensa que não há calendário para esses estádios em função dos investimentos feitos. Então, eu acho que [a Copa] não foi uma coisa assim tão extraordinária."
Arnaldo Jordy disse que a Câmara vai ficar de olho na prestação de contas das obras da Copa e cobrar providências, se for o caso.








