Radioagência

A Comissão do Esporte aprovou proposta que torna obrigatório o uso de detectores de metal e a gravação contínua de imagens em eventos de qualquer natureza realizados em ginásios e estádios esportivos.

O projeto original (PL 2648/11) tratava da instalação de equipamentos de segurança em arenas e estádios credenciados para a realização de jogos oficiais. O relator, deputado Vicente Cândido, do PT de São Paulo, fez diversas alterações.

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados

O relator, deputado Vicente Cândido (PT-SP) fez alterações; "estendi para outros equipamentos acima de 10 mil lugares e ginásios esportivos acima de 5 mil lugares, não só para futebol".

"O projeto original falava mais para a Copa do Mundo, segurança nos equipamentos esportivos, basicamente estádios. Eu fiz o substitutivo dada a questão tempestiva que já não vale mais para a Copa do Mundo, que já está resolvida com os estádios da Copa Estendi para outros equipamentos acima de 10 mil lugares e ginásios esportivos acima de 5 mil lugares, não só para futebol, mas para outras modalidades esportivas e culturais".

Esse aumento da segurança nos estádios, no entanto, não é assunto pacífico. O pesquisador e especialista em segurança pública da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Flávio Testa diz que há um exagero nessa área.

"Do ponto de vista político e administrativo é um exagero não vejo necessidade nenhuma e o governo brasileiro sucumbe a essas pressões por conta das dificuldades que tem de justificar algumas ações de controle de movimentos sociais e de greves."

Segundo o professor, há muitos interesses envolvidos, inclusive de empresas:

"Não podemos deixar de considerar os interesses comerciais e financeiros das empresas que fazem segurança particular e que vão cuidar dos interesses das delegações que virão ao Brasil, isso faz parte do jogo comercial."

A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Segurança Pública e agora está na Comissão de Constituição e Justiça. Se for aprovada, vai direto para o Senado, sem necessidade de ser votada no Plenário da Câmara.