27/05/2014 22:26 - Política
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, Luciano Coutinho, defendeu, nesta terça-feira, a atividade do banco como financiador da atuação de empresas brasileiras no exterior. Citando o exemplo de países como a China e a Coreia do Sul, ele considerou a atividade como algo vital para o comércio exterior do Brasil.
Em audiência pública sobre a concessão de empréstimos à uma empreiteira para realização das obras do Porto de Mariel, em Cuba, o economista argumentou que a chamada exportação de serviços de engenharia não só é um mercado muito disputado como também é uma das poucas áreas do setor de serviços em que a balança comercial brasileira é favorável neste momento.
"Todos os países do mundo têm bancos, especializados ou não, que apoiam bancos especializados que apoiam a exportação de serviços de engenharia. Todos os países têm esse mesmo tipo de linha de crédito."
No caso da América Latina, Eduardo Coutinho disse ainda que o Brasil responde hoje por quase 18% da exportação de serviços de engenharia à região, perdendo apenas para a Espanha, e à frente de Estados Unidos e China.
As explicações, no entanto, não foram consideradas satisfatórias pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
"Aí entra uma questão ideológica muito clara. E outra, não houve transparência desse financiamento. Nós não sabemos os detalhes disso. As informações mais detalhadas do porque esse empréstimo foi feito com tantos problemas no Brasil. Se nós tivéssemos nossos portos todos em perfeito estado de funcionamento e conservação, tudo bem, mas não, nós estamos com deficiências muito sérias."
Mas, segundo o deputado Pepe Vargas (PT-RS), é a oposição que está botando a ideologia na frente dos interesses comerciais do Brasil.
"Quando a oposição questiona isso, eu chego a voltar a ter medo, né? Se houvesse alguma situação de nós voltarmos ao passado, nós íamos voltar então a um passado quando o BNDES basicamente financiava privatizações. Financiava privatizações, ou seja a compra de ativos já existentes por empresas estrangeiras. Por grupos nacionais ou internacionais que não geravam nenhum emprego novo dento do Brasil."
A audiência pública foi realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
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