04/12/2013 14:30 - Política
04/12/2013 14:30 - Política
Foi publicada no Diário Oficial da Câmara desta quarta-feira a renúncia de José Genoino ao mandato parlamentar. A carta de renúncia foi apresentada nesta terça pelo Primeiro-Vice Presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), no momento em que a Mesa Diretora da Casa estava prestes a instalar processo de cassação do então parlamentar, que cumpre pena por condenação na ação penal do mensalão.
No lugar de Genoíno, fica o deputado Renato Simões, do PT de São Paulo. Simões foi deputado estadual por três mandatos consecutivos, de 1995 a 2006.
Desde o anúncio da renúncia de Genoíno, alguns deputados petistas criticaram a condução dos trabalhos e afirmaram que a Mesa não poderia instaurar processo contra ele enquanto estivesse licenciado por motivos de saúde. O ex-deputado passou por cirurgia cardíaca e, em setembro, pediu à Câmara aposentadoria por invalidez. O pedido continua em análise, porque foi feito antes da renúncia.
Nesta quarta, o líder do PT, José Guimarães, reafirmou as críticas à forma como o caso foi conduzido pela Mesa Diretora.
"Genoino tomou atitude de grandiosidade. O gesto foi grandioso, talvez maior do que de alguns membros da Mesa".
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, evitou polemizar.
"Genoino sempre foi uma pessoa querida não só por eles (PT), mas por toda esta Casa. Eu entendo a dificuldade do momento. Mas o presidente da Câmara tem bônus e ônus. Mas tem que sempre cumprir o Regimento e a Constituição de forma isenta. Foi o que fiz ontem".
Segundo Henrique Eduardo Alves, quando ele, como presidente da Casa, divergiu do Judiciário ao interpretar que, pela Constituição, a condenação penal e suspensão de direitos políticos não implicavam perda automática de mandato parlamentar, também naquele momento a decisão agradou uns e desagradou outros.
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