Radioagência

O deputado Carlos Alberto Leréia, do PSDB de Goiás, que responde a representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira, afirmou, nesta quarta-feira, que tem uma relação de grande amizade com o contraventor.
Leréia admitiu que utilizou o cartão de crédito de Cachoeira para comprar jogos eletrônicos, declarou que recebeu diversos empréstimos para honrar compromissos financeiros e disse que foi "ajudado" em uma de suas campanhas para deputado com um "café da manhã" oferecido por Cachoeira.
Em depoimento de mais de três horas no conselho, Leréia destacou, no entanto, que nunca soube de supostas atividades ilegais praticadas por Cachoeira em Goiás e que não tem qualquer sociedade com o bicheiro, embora admita que ambos sejam donos de uma aeronave avaliada em cerca de R$ 800 mil.
O deputado afirmou que nunca desconfiou de irregularidades nas atividades empresariais de Cachoeira. (Sonora)

O relator da representação no conselho, deputado Ronaldo Benedet, do PMDB de Santa Catarina, adiantou que não deverá ouvir mais depoimentos sobre o assunto e pretende apresentar seu parecer para discussão e votação no próximo dia 14.
Ainda nesta quarta-feira, o Psol apresentou à Mesa Diretora da Câmara um requerimento de representação para que a Corregedoria da Casa investigue denúncia de quebra de decoro parlamentar envolvendo o deputado Aelton Freitas, do PR de Minas Gerais.
O deputado de Minas Gerais foi personagem de uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, onde aparece supostamente "ensinando" candidatos a comprar votos e a difamar adversários políticos durante campanhas eleitorais.
O Psol pediu a cassação do mandato do parlamentar. A assessoria de Aelton Freitas disse que ele só vai se manifestar quando for informado formalmente da representação.