04/04/2013 18:12 - Direitos Humanos
04/04/2013 18:12 - Direitos Humanos
A atuação de José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, durante a ditadura militar poderá ser investigada pela Comissão Nacional da Verdade ou pela Comissão da Verdade do Estado de São Paulo. A deputado Jandira Feghali, do PCdoB do Rio de Janeiro, afirmou que as duas comissões terão os documentos que ela, o deputado Romário, do PSB do Rio, e o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista, entregaram à CBF, denunciando o envolvimento de Marin na prisão, tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog.
São documentos sobre discursos de Marin, então deputado estadual em São Paulo, "denunciando" que a TV Cultura, onde trabalhava Herzog, estaria sendo dominada por comunistas. Ele também teria feito elogios ao delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos líderes da repressão política no estado. Junto com os documentos, foi encaminhado abaixo-assinado com 58 mil assinaturas que pedem que Marin deixe a CBF.
Presidente da Comissão de Cultura, Jandira Feghali explicou que é seu papel agir na defesa da liberdade de expressão. Ela também acrescentou que o deputado Romário, presidente da Comissão de Esportes, busca trazer transparência à CBF num momento tão importante quanto esse em que o País recebe a Copa das Confederações e se prepara para a Copa do Mundo.
"É difícil que no século 21, 49 anos depois do golpe militar, que nós tenhamos à frente de uma instituição que representa uma das mais fortes culturas do povo brasileiro, que é o futebol, num momento em que se exige a memória, a verdade, a justiça, em que a democracia brasileira avança, que nós tenhamos alguém que representou uma colaboração com a ditadura, à frente da CBF"
Os documentos sobre a atuação de Marin também foram encaminhados a todas as federações de futebol estaduais.
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