29/10/2025 20:58 - Saúde
Radioagência
Especialistas debatem baixa cobertura de rastreamento e avanços no tratamento do câncer de mama
ESPECIALISTAS DEBATEM BAIXA COBERTURA DE RASTREAMENTO E AVANÇOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA. A REPÓRTER EMANUELLE BRASIL ACOMPANHOU A REUNIÃO COM DEPUTADAS.
Representantes do governo e especialistas apontaram entraves e avanços na política de combate ao câncer de mama. Entre os desafios está a urgência em aumentar a cobertura de rastreamento na faixa etária de maior incidência, entre os 50 e os 70 anos. Sobre os avanços, eles destacaram a compra pelo Ministério da Saúde de medicamento inovador para tratamento da doença.
Eles participaram do seminário "Rumo a Zero Mortes Evitáveis por Câncer de Mama", que faz parte do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2024, considerando a faixa etária de 50 a 69 anos, a cobertura de rastreamento do câncer de mama foi de apenas 24%. Para melhores taxas de controle da doença, as organizações internacionais recomendam cobertura de, ao menos, 70%.
Entre as regiões do país, constata-se a variação entre 5% em Roraima e 33% no Espírito Santo. A representante do Inca, Renata Maciel, falou sobre essa desigualdade:
"O norte e nordeste do país tem taxas muito abaixo do ideal do que a gente precisa alcançar para ter um controle melhor dessa doença."
Maciel observou que o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para o rastreamento ativo, quando a mamografia deve ser solicitada de forma preventiva a cada dois anos. A idade limite, que até então era de 69 anos, passará a ser até 74 anos. Quase 60% dos casos da doença estão concentrados dos 50 aos 74 anos.
Diante desse cenário, a representante do Ministério da Saúde, Suyanne Monteiro, disse que é preciso elevar a cobertura do rastreamento no Brasil dentro da faixa etária mais incidente.
"As mulheres de 50 a 74 anos precisam realizar uma mamografia a cada 2 anos. Vamos trabalhar junto aos gestores locais para que o rastreamento populacional organizado aumente essa adesão."
Integrante da Procuradoria da Mulher, a deputada Flávia Morais (PDT-GO), lembrou que a campanha Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença.
"Nós que vivemos hoje a realidade de 60 % dos casos de câncer de mama diagnóstico tardio no Brasil. Então, a gente precisa realmente trabalhar e fazer o fortalecimento da prevenção".
O evento foi organizado pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Também participaram a bancada feminina e a Procuradoria da Mulher no Senado Federal.
Da Rádio Câmara de Brasília, Emanuelle Brasil.
                            
                         
          







