01/09/2025 07:42 - Cultura
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CÂMARA ANALISA PROJETO QUE TORNA O 2 DE JULHO DIA DA CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL. A REPÓRTER MARIA NEVES EXPLICA A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA DATA.
Encaminhado ao Congresso pelo governo, está em análise na Câmara projeto que institui o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil (PL 3220/25). Pela proposta, a data será comemorada anualmente em 2 de julho.
Essa data marca a expulsão definitiva das tropas portuguesas do Brasil, em 1823, quase um ano depois da Proclamação da Independência pelo imperador Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822. O dia 2 de julho já é conhecido como o dia da Independência da Bahia e é feriado estadual. O projeto do governo, no entanto, não cria um novo feriado nacional.
Na opinião do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), sem o 2 de julho, a independência brasileira não seria consolidada.
“O 2 de julho é a consolidação da independência brasileira. Sem sombra de dúvida, o brado às margens do Ipiranga tem uma importância histórica muito grande, foi a afirmação política da sociedade brasileira, que gostaria de ver o seu país liberto, o seu país independente, mas sem a expulsão das tropas portuguesas que continuaram no Brasil, com maior concentração na Bahia, essa independência não seria consolida.”
No texto enviado ao Congresso, assinado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, ela ressalta que, em 2 de julho de 1823, um movimento popular reuniu homens e mulheres, entre eles indígenas, escravizados, marisqueiras e soldados, para lutar pela autonomia nacional. Entre os diversos combatentes na batalha ocorrida na Bahia, a ministra cita as heroínas da independência Maria Quitéria de Jesus, a abadessa Sóror Joana Angélica e Maria Filipa de Oliveira.
Margareth Menezes ressalta ainda que batalhas e tensões militares ocorreram também em outros estados, como Pará, Piauí e Maranhão, mas, na Bahia, estava a maior concentração de tropas estrangeiras e foi onde o povo brasileiro conquistou a vitória definitiva sobre os portugueses. Também na opinião da ministra da Cultura, sem essa batalha, o 7 de setembro de 1822 seria um brado sem consequência.
O projeto será avaliado pelas comissões da Câmara.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Maria Neves
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