26/06/2024 17:53 - Cultura
Radioagência
Exposição na Câmara reconta a história dos 150 anos de arte ítalo-brasileira
EXPOSIÇÃO NA CÂMARA RECONTA A HISTÓRIA DOS 150 ANOS DE ARTE ÍTALO-BRASILEIRA. A REPÓRTER LAÍS MENEZES ESTEVE MA ABERTURA E NOS CONTA O QUE ESPERAR DAS OBRAS QUE ESTÃO NO SALÃO NEGRO DA CÂMARA.
Anita Malfatti, Candido Portinari e Alfredo Volpi. Estes são apenas alguns dos nomes encontrados na exposição gratuita Oltreoceano, que vai ficar no Salão Negro da Câmara até o dia 14 de julho. A mostra marca os 150 anos da arte ítalo-brasileira.
São 150 anos desde que o navio La Sofia chegou, em 1874, ao atual estado do Espírito Santo. A partir daí, o Brasil passou a ser influenciado diretamente pela cultura, culinária e arte italiana, como explica o coordenador da Frente Parlamentar Mista Brasil-Itália da Câmara, deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG).
"A imigração italiana contribuiu muito com o nosso país trazendo cultura, trazendo arte, trazendo culinária, trazendo, especialmente, a indústria e o comércio [...] hoje são mais de 25 milhões de descendentes de italianos aqui no Brasil".
A exposição Oltreoceano, ou, traduzindo, “em outro continente”, conta um século e meio de história da arte ítalo-brasileira, por meio das obras de artistas italianos e descendentes de italianos mundialmente conhecidos. É o caso, por exemplo, dos quadros do brasileiro filho de imigrantes italianos Candido Portinari, um dos maiores representantes da pintura no Brasil.
Pela primeira vez as obras do pintor cruzam as portas da Embaixada da Itália para serem expostas ao público.
O curador da exposição, Marcelo Jorge, explica a complexidade em resumir 150 anos de contribuição italiana na arte brasileira, já que são muitos os movimentos nos quais os italianos estão inseridos. Por isso, apoiado pela Embaixada da Itália e pelo Museu de Arte de Brasília, Marcelo Jorge decidiu trabalhar apenas com coleções de Brasília, e focou a curadoria nos principais movimentos artísticos desde o final do século XIX até a arte contemporânea.
Para o curador, não existiria arte brasileira sem os artistas italianos.
"Talvez a contribuição mais importante foi trazer os movimentos de vanguarda que estavam dominando a Europa naquela época e que ainda não tinham chegado ao Brasil, porque o cenário cultural do Brasil era muito conservador. Então chegam os italianos, eles trazem essa inovação, às vezes com muita resistência dos artistas daqui, das instituições daqui, e enfim, ajudam o Brasil a avançar em termos culturais, artísticos e de modernismo sobretudo".
O curador da exposição Oltreoceano, Marcelo Jorge, observa ainda que essa é a primeira mostra no Brasil que reconta de forma organizada os 150 anos de arte ítalo-brasileira. A exposição está no Salão Negro da Câmara dos deputados até o dia 14 de julho.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Laís Menezes.








