24/06/2024 10:57 - Comunicação
Radioagência
Novo Grupo de Trabalho deve decidir texto para votação do chamado PL das fake news
NOVO GRUPO DE TRABALHO DEVE DECIDIR TEXTO PARA VOTAÇÃO DO CHAMADO PL DAS FAKE NEWS. A REPÓRTER LARA HAJE TEM MAIS DETALHES.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) espera que o grupo de trabalho criado na Câmara dos Deputados para discutir o chamado PL das Fake News aproveite o debate feito anteriormente sobre a proposta. O projeto de lei pretende criar regras para as plataformas digitais (PL 2630/20).
Este é o segundo grupo de trabalho que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cria para discutir a proposta, desde que o texto chegou à Casa, em 2020, após ter sido aprovado no Senado Federal. O deputado Orlando Silva foi relator do primeiro GT e também relator do texto em Plenário. A Câmara chegou a aprovar em abril do ano passado requerimento de urgência para a proposta ser votada diretamente pelo Plenário e Orlando Silva apresentou novas versões do texto, mas o projeto sempre foi alvo de muita polêmica. Em junho deste ano o presidente da Câmara decidiu, então, criar novo grupo de trabalho para tentar construir um texto de acordo que possa ir a Plenário.
Para Orlando Silva, é primordial criar regras de transparência e de responsabilidade para as plataformas digitais, de forma a garantir a liberdade de expressão. O deputado lembra que hoje as plataformas têm regras para moderar o conteúdo que não são transparentes e não são responsabilizadas pelos danos produzidos.
“Então, defender a liberdade de expressão, mudar o regime de responsabilidades e ter obrigações de transparência são os fundamentos para o debate. O presidente Arthur Lira criou um novo GT. Eu espero que ele possa aproveitar o debate feito anteriormente, desenvolver, produzir convergências e, desse modo, termos uma lei em sintonia com o que o mundo debate, porque este é um debate não só brasileiro, mas um debate global”.
Um dos integrantes do novo grupo de trabalho que vai analisar o PL das fake news, o deputado Filipe Barros (PL-PR), disse que a internet hoje não é terra sem lei, já que existe o marco civil da internet, aprovado em 2014 pelo Congresso Nacional. Para o parlamentar, a nova regulamentação para as redes sociais não pode permitir a censura prévia de opiniões e deve garantir direitos aos usuários.
“Ou seja, aquilo que nossa Constituição prega: direito à ampla defesa, ao contraditório, precisa ser também aplicado nas plataformas. Uma plataforma não pode simplesmente banir por tempo indeterminado a conta de uma pessoa sem que ela saiba sequer porque foi banida, sem que essa pessoa tenha o direito de defesa, de ter sua conta reativada, analisado obviamente o caso concreto”.
Filipe Barros acredita que não há tempo hábil para as discussões avançarem antes das eleições municipais, que serão realizadas em outubro.
O grupo de trabalho criado em 5 de junho tem prazo de 90 dias para concluir os trabalhos e é composto por 20 parlamentares.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Lara Haje








