24/05/2024 11:15 - Comunicação
Radioagência
Debate aponta vantagens da união entre TV e internet na tecnologia 3.0
DEBATE APONTA VANTAGENS DA UNIÃO ENTRE TV E INTERNET NA TECNOLOGIA TRÊS PONTO ZERO. O REPÓRTER LINCOLN MACÁRIO ACOMPANHOU.
Mais participação da sociedade no Legislativo interessa tanto aos cidadãos como as instituições. E se a Internet já tem possibilitado isso, o que esperar das tecnologias que estão chegando, como a TV 3.0 e a Web 3.0?
Esse desafio foi debatido na Câmara dos Deputados por iniciativa do seu Laboratório de Inovação, que celebra 10 anos, em parceria com a Diretoria de Tecnologia e a Diretoria Executiva de Comunicação.
Outras emissoras legislativas puderam conhecer mais detalhadamente a TV 3.0, que vai combinar definitivamente a TV tradicional com a Internet, além de quadruplicar a qualidade da imagem e tornar o som mais fiel. Uma diferença principal é que os canais de TV serão substituídos por aplicativos, que trarão muito mais informação e possibilidades de interação.
Marcelo Moreno, professor de da Universidade Federal de Juiz de Fora lidera o grupo de pesquisadores que - sob supervisão do Ministério das Comunicações, emissoras e fabricantes - desenvolve o novo modelo de TV. Ele explicou que o mais importante da TV permanece: sinal gratuito e de qualidade; mas se estiver conectada a Internet, a experiência do telespectador vai ser bem mais completa.
“A TV vai continuar funcionando com o sinal pelo ar, não precisa internet para esse acesso. A TV não precisa estar conectada, mas já vai chegar uma alta qualidade de áudio, uma alta qualidade de vídeo, uma interatividade básica. Mas para ter realmente acesso às maiores opções de experiências mais imersivas, conectadas, a gente precisa que realmente os receptores também estejam conectados. E talvez as políticas públicas precisem desse aspecto, de levar essa conectividade para esses receptores, porque é a partir dali que as pessoas vão poder ter acesso realmente a informações e sobre seus direitos que talvez elas não conheçam”.
Ainda não há um cronograma pra implantação da TV 3.0 mas a meta é que, na Copa do Mundo de 2026, algumas emissoras já tenham condições de transmitir e que haja televisores no mercado, televisores que durante a transição deverão funcionar com o sistema atual e o novo. Os palestrantes reforçaram que os atributos dessas tecnologias precisam ainda ser descobertos, inventados, pela união de profissionais de comunicação e tecnologia.
Daniella Vieira, especialista em tecnologias do Sebrae, ressaltou que os usos da Inteligência Artificial estão apenas começando. Uma internet mais inteligente e rápida tem potenciais ainda desconhecidos.
“A web hoje é um espaço no qual eu posso conectar essas coisas todas: as máquinas, as pessoas e suas necessidades. E esse grande volume de dados, eu posso colocar a inteligência, inclusive a TV. E daí, nessa caminhada, a gente vai para aquilo que é inimaginável”.
Na segunda parte da jornada “Tecnologias emergentes e o futuro da participação” foram apresentados alguns protótipos de participação da Câmara dos Deputados como o Plenário Fácil e as Audiências Interativas, a inteligência artificial Ulisses, e os estudos iniciais da TV Câmara 3.0. A jornalista Daniela André falou em nome do grupo de trabalho que desenvolve o modelo.
“A gente tem acompanhado, desde o início, as discussões da TV 3.0. Esse grupo é formado por uma equipe multidisciplinar: a gente tem engenheiros, especialista em legislação, jornalistas. A gente desenvolveu um protótipo nesse intuito de fomentar esse debate, porque a gente não pode, como serviço público, ter uma coisa apenas para ver uma nova tecnologia, a gente tem que encontrar um propósito e acho que nosso propósito é muito claro, da educação política, da abertura para a cidadania”.
Um exemplo de ferramenta para a interatividade desenvolvida pela Câmara em parceria com a Universidade de São Paulo é o agrupamento de comentários das enquetes sobre projetos de lei, que ajuda parlamentares e assessores a ter uma melhor compreensão dos pontos de vista da população sobre as propostas em debate.
Da Rádio Câmara, de Brasília, Lincoln Macário.








