Radioagência

REDE LEGISLATIVA DE RÁDIO E TV DA CÂMARA DEVE PASSAR POR INOVAÇÕES NOS PRÓXIMOS ANOS. A REPÓRTER SILVIA MUGNATTO TEM OS DETALHES.

As parcerias da TV e da Rádio Câmara com assembleias legislativas e câmaras municipais têm colocado a programação destas emissoras disponível para 74 canais de TV e 20 rádios FM. No caso da TV, isso significa um alcance de 2.204 cidades ou 126 milhões de pessoas.

O deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário de Comunicação Social da Câmara, disse que o objetivo é ampliar anda mais este alcance até o ano que vem. Ele acredita que a informação divulgada pela Câmara tem um nível diferente de credibilidade porque é feita por um órgão público:

“Permitir que aqui na Casa, na TV Câmara, por exemplo, realmente tenha os debates de diferentes visões e isso faz com que o público interaja, faz com que as pessoas se interessem mais pela notícia e pelo debate. Não tem filtros e nem Fake News neste sentido. A participação popular vai se dar aí, com credibilidade, com as pessoas tendo acesso. E ao mesmo tempo fazer com que a transmissão seja plural.”

A Rede Legislativa de Rádio e TV da Câmara deve lançar ainda uma nova ferramenta de interação para que os cidadãos possam fazer perguntas durante as audiências públicas das comissões permanentes da Câmara. Outra prioridade é uma cartilha para orientar os profissionais de comunicação dos órgãos legislativos sobre como utilizar a chamada linguagem simples, que é um conjunto de técnicas criadas para transmitir informações de maneira clara.

As inovações também têm o papel de preparar os veículos para o modelo de TV 3.0, uma nova tecnologia mais interativa, que deve ser implementada no Brasil a partir de 2025. O novo padrão promete mais qualidade de imagem e som, além de uma conexão maior com a internet, aumentando a possibilidade de intervenção por parte do telespectador.

Carlos Eduardo Neiva, supervisor da Rede Legislativa, disse que o sistema aproveitou a expansão das estações de TV que ocorreu no país nos últimos dois anos:

“A meta é chegar no país todo com sinal aberto, gratuito, para que toda a população possa acompanhar esses trabalhos. Há um novo programa, que foi incluído no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], é o Brasil Digital. E há uma meta de nos próximos três anos expandir cada vez mais estas estações.”

A Rede Legislativa de TV Digital é a primeira rede de televisão a se formar no Brasil com o recurso da multiprogramação, que possibilita o uso de um mesmo transmissor por quatro emissoras independentes. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal compartilham seus canais com os parceiros e dividem custos e responsabilidades. Assim, todos podem transmitir suas sessões de plenário, o trabalho das comissões, as audiências públicas e programas de interesse público.

Da Rádio Câmara, de Brasília, Silvia Mugnatto